Desde
sempre me fez muita preocupação esta passagem do Evangelho em que Jesus nos
incita a sermos como crianças. Então, qualquer esclarecimento, por simples e
pequeno que seja, me faz prestar-lhe a maior atenção.
De
São Máximo de Turim chegaram-me estas palavras:
“Diz o Senhor aos
apóstolos, homens feitos e maduros: «Se não voltardes a ser como esta criança,
não podereis entrar no Reino do Céu» (Mt 18,3; cf v.4). […] Incita-os assim a
reencontrar a infância […] para que possam renascer pela inocência do coração;
pois «quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus»
(Jo 3,5).
«Se não voltardes a ser como esta criança»: Ele não diz «estas crianças», mas
«esta criança»; delas, Ele escolhe uma apenas, propõe uma só. E quem é essa
criança que Ele dá como exemplo aos discípulos? Não creio que seja uma criança
do povo, da multidão dos homens, quem ofereça aos apóstolos um modelo de
santidade para o mundo inteiro. Não, não creio que essa criança venha do povo,
mas do céu. Trata-se daquela criança vinda do céu de que nos fala o profeta
Isaías: «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9,5). É esse
Menino inocente, que ao insulto não responde com o insulto, nem à agressão com
a agressão – bem mais ainda: é Aquele que, na própria agonia, reza pelos
inimigos: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). Assim,
na sua graça insondável, o Senhor transborda dessa inocência do coração que a
natureza dá às crianças. Ele é essa criança que pede aos pequeninos que O
imitem e que O sigam.”
Gostei
muito... muito mesmo!
Jesus
é a “criança” que devemos imitar! “Criança”
doce, amorosa, presente, activa, interessada, prestativa... não sei mais que
dizer... porque “desta” criança tudo quanto é
bom se pode dizer, se pode ter como exemplo.
Exemplo
tão antigo, e sempre novo, a cada instante que passa!
Neste
Ano Santo da Misericórdia, a aprendizagem a empreender é muita, numa caminhada
humana em que a misericórdia nem sempre está presente, muito pelo contrário. Mas
ainda assim, o nosso dever de cristãos é ir aprendendo aos pouquinhos, com
avanços e recuos, a ser ‘Misericordiosos como o
Pai’, bem a maneira de Jesus.
Agora,
e ainda a esta parte, mais um maravilhoso ensinamento nestas palavrinhas do
Apolónio, muito actuais:
“ "MEDIR
COMO GOSTARÍAMOS DE SER MEDIDOS"
Devemos
ter o cuidado de não sermos implacáveis nos nossos julgamentos. A mesma medida
pode ser usada um dia a nosso respeito.
O melhor
é não julgar e não condenar impiedosamente.
Lembremos
que a misericórdia deve nortear a nossa vida. O que está errado por si só se
destrói, basta que não encontre espaço em nosso coração.
O amor
corrige, orienta e dá bons conselhos, ele só usa a medida da misericórdia que
analisa o outro pelo seu potencial para o bem.”
Neste
dia que Lhe é dedicado com inúmeras festividades espalhadas um pouco por todo o
mundo, que Nossa Senhora nos ajude com o Seu poderoso e amoroso carinho
maternal!
HN
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