segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Ser ‘COMO “ESTA” CRIANÇA’!

Desde sempre me fez muita preocupação esta passagem do Evangelho em que Jesus nos incita a sermos como crianças. Então, qualquer esclarecimento, por simples e pequeno que seja, me faz prestar-lhe a maior atenção.
De São Máximo de Turim chegaram-me estas palavras:
“Diz o Senhor aos apóstolos, homens feitos e maduros: «Se não voltardes a ser como esta criança, não podereis entrar no Reino do Céu» (Mt 18,3; cf v.4). […] Incita-os assim a reencontrar a infância […] para que possam renascer pela inocência do coração; pois «quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).
«Se não voltardes a ser como esta criança»: Ele não diz «estas crianças», mas «esta criança»; delas, Ele escolhe uma apenas, propõe uma só. E quem é essa criança que Ele dá como exemplo aos discípulos? Não creio que seja uma criança do povo, da multidão dos homens, quem ofereça aos apóstolos um modelo de santidade para o mundo inteiro. Não, não creio que essa criança venha do povo, mas do céu. Trata-se daquela criança vinda do céu de que nos fala o profeta Isaías: «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9,5). É esse Menino inocente, que ao insulto não responde com o insulto, nem à agressão com a agressão – bem mais ainda: é Aquele que, na própria agonia, reza pelos inimigos: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). Assim, na sua graça insondável, o Senhor transborda dessa inocência do coração que a natureza dá às crianças. Ele é essa criança que pede aos pequeninos que O imitem e que O sigam.”
Gostei muito... muito mesmo!
Jesus é a criança que devemos imitar! Criança doce, amorosa, presente, activa, interessada, prestativa... não sei mais que dizer... porque desta criança tudo quanto é bom se pode dizer, se pode ter como exemplo.
Exemplo tão antigo, e sempre novo, a cada instante que passa!
Neste Ano Santo da Misericórdia, a aprendizagem a empreender é muita, numa caminhada humana em que a misericórdia nem sempre está presente, muito pelo contrário. Mas ainda assim, o nosso dever de cristãos é ir aprendendo aos pouquinhos, com avanços e recuos, a ser Misericordiosos como o Pai, bem a maneira de Jesus.
Agora, e ainda a esta parte, mais um maravilhoso ensinamento nestas palavrinhas do Apolónio, muito actuais:
“ "MEDIR COMO GOSTARÍAMOS DE SER MEDIDOS"
Devemos ter o cuidado de não sermos implacáveis nos nossos julgamentos. A mesma medida pode ser usada um dia a nosso respeito.
O melhor é não julgar e não condenar impiedosamente.
Lembremos que a misericórdia deve nortear a nossa vida. O que está errado por si só se destrói, basta que não encontre espaço em nosso coração.
O amor corrige, orienta e dá bons conselhos, ele só usa a medida da misericórdia que analisa o outro pelo seu potencial para o bem.”
Neste dia que Lhe é dedicado com inúmeras festividades espalhadas um pouco por todo o mundo, que Nossa Senhora nos ajude com o Seu poderoso e amoroso carinho maternal!

HN

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