terça-feira, 16 de agosto de 2016

Ser “COMO ESTA CRIANÇA…”

Foi esta a gravura de ilustração que na altura entendi melhor para a minha postagem anterior, o que, pouco depois, achei errado e vou dizer porquê.
O Menino Jesus está muito bonitinho, muito celestial, mas muito fora de uma criança dita normal com dificuldades normais de uma qualquer criança.
É assim que costumamos ver as estampas do Menino Jesus, uma criança muito calma, tranquila, de olhos azuis recheados de doçura e uns maravilhosos e ondulados cabelos louros!
Mas… esta foi a imagem com que os povos europeus O foram coroando, porque o desenrolar dos acontecimentos da Sua vida diz-nos muito francamente que deve ter sido uma criança bem forte e determinada… e que… bem vistas as coisas, não deve ter nada a ver com este físico de pessoa em nada condizente com a raça judia de onde nos chegou.
E há imagens de um Menino Jesus preto… avermelhado… e está tudo muito bem pensado!
É muito claro que o Menino Jesus não pode ter raça ou cor determinadas, uma vez que tende a ser a imagem perfeita de todas as raças e de todas as cores, pois se assim não fosse, não nos poderia ser apresentado como – a célebre ‘CRIANÇA’ que todas as pessoas devem tentar a todo o custo imitar na sua vida de todos os segundos.
Claro que não se trata do Menino Jesus ‘criança’, mas da esplendorosa ‘criança’ que Jesus sempre foi em todos os momentos da Sua existência repleta de curiosidade, meiguice, ternura, atenção, compreensão, carinho, aceitação, dádiva, presença… e tudo o mais inimaginável e impossível de descrever nas nossas palavras simplesmente humanas.
Conservando em mim a tristeza dos dolorosos incêndios que têm assolado as redondezas do nosso meio ambiente natural, uma ideia se me vai incessantemente firmando na memória da mente e do coração: se de facto, no mais profundo dos nossos corações existir um pequenino foco de incêndio do verdadeiro amor que Jesus Cristo afirmou querer incendiar sobre a Terra.
Deixar tudo para seguir este Amor é quanto nos é pedido todos os dias.
Deixar tudo… abandonar tudo…
Tudo… o que não nos deixa amar como devemos e que muitas vezes, nem sequer disso nos apercebemos, está bem dentro de nós, no nosso egocentrismo, na nossa vontade torcida e voltada para as próprias satisfações pessoais e esquecida das necessidades de todos os irmãos que a rodeiam.
O mais difícil de abandonar, sem sombra de dúvida, é o nosso eu, para o por ao serviço dos irmãos tal como Jesus, a eterna e maravilhosa ‘criança’ sempre se pôs ao serviço da vontade do Pai/Deus.
Que o Espírito Santo nos ajude a sermos sempre bons imitadores d’Essa admirável ‘criança’!

HN

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