terça-feira, 20 de janeiro de 2015
DOENÇAS... DE TODOS NÓS!
As doenças apresentadas
pelo Papa Francisco não são só da cúria romana! Muito embora sejam mais
visíveis e acentuadas na cúria, são de todos os cristãos, indefinidamente! Se
não, vejamos:
1 - A doença de sentir-se imortal, imune ou até indispensável,
deixando de lado os controles necessários e normais. Uma cúria que não é
autocrítica, que não se atualiza, que não tenta melhorar é um corpo enfermo. É
a doença do rico insensato, que achava que ia viver eternamente, e também
daqueles que se tornam amos e se sentem superiores a todos, em vez de sentir-se
a serviço de todos.
2- A doença do "martalismo" (da Marta citada no
Evangelho), a doença da excessiva atividade: daqueles que ficam imersos no
trabalho e deixam de lado “a melhor parte”: sentar-se aos pés de Jesus. Por
isso, Jesus convidou os seus discípulos a “descansar”, porque descuidar do
necessário repouso leve ao estresse e à agitação. O tempo do repouso para quem
completou a sua missão é necessário, é devido e deve ser levado a sério: passar
um "tempo de qualidade” com a família e respeitar as férias como um tempo
para recargar-se espiritual e fisicamente; temos que aprender o que ensina o
Eclesiastes: há um tempo para tudo.
3 - A doença do endurecimento mental e espiritual: É a doença de
quem, ao longo do caminho, perde a serenidade interior, a vivacidade e a
audácia e se esconde nos papéis, virando uma “máquina de trabalho” e não um
“homem de Deus”. É perigoso perder a sensibilidade humana necessária para
chorar com os que choram e para nos alegrar com os que se alegram. É a doença
dos que perdem os sentimentos de Jesus.
4 - Planejar como um contador. A doença do planejamento excessivo
e do funcionalismo. É quando o apóstolo planeja tudo minuciosamente e acha que,
assim, as coisas efetivamente progridem, virando um contador. Caímos nesta
doença porque é sempre mais fácil e cômodo ficar na própria posição estática e
imutável. A Igreja se mostra fiel ao Espírito Santo na medida em que não
pretende regulá-lo nem domesticá-lo. Ele é o frescor, a fantasia, a inovação.
5 - A não cooperação. A doença da má coordenação. Quando os
membros perdem a comunhão entre si e o corpo perde a funcionalidade harmoniosa
e a temperança, tornando-se uma orquestra que faz barulho, porque os seus
membros não cooperam e não vivem o espírito de comunhão e de equipe.
6 - A doença do Alzheimer espiritual. A de esquecer a “história da
salvação”, a história pessoal com nosso Senhor, o “primeiro amor”. É uma diminuição
progressiva das faculdades espirituais... Vemos isto nos que perderam a
lembrança do seu encontro com o Senhor... Nos que constroem muros ao redor de
si mesmos e se tornam cada vez mais escravos dos costumes e dos ídolos que
esculpiram com as próprias mãos.
7 - A doença da rivalidade e da vanglória. Quando a aparência, as
cores das roupas e as insígnias de honra se tornam o principal objetivo da
vida... É a doença que nos leva a ser homens e mulheres falsos e a viver uma
mística falsa e um falso quietismo.
8 - A doença da esquizofrenia existencial. É a doença dos que
vivem uma vida dupla, fruto da hipocrisia típica dos medíocres e do progressivo
vazio espiritual que os títulos acadêmicos não podem preencher. Criam assim o
seu próprio mundo paralelo, onde deixam de lado tudo o que ensinam com
severidade aos outros e começam a viver uma vida oculta e, com frequência,
dissoluta.
9 - A doença da falação, da murmuração, da fofoca. É uma doença
grave que começa com facilidade, talvez só para conversar, mas que se apodera
da pessoa e a torna semeadora de cizânia (como Satanás), e, em muitos casos,
assassina a sangue frio a fama dos colegas e dos irmãos. É a doença das pessoas
covardes, que, por não terem coragem de falar na cara, falam pelas costas.
10 - A doença de divinizar os chefes. É a doença dos que cortejam
os superiores, com a esperança de conseguir a sua benevolência. São vítimas do
arrivismo e do oportunismo, honram as pessoas e não a Deus. São pessoas que
vivem o serviço pensando só no que têm que conseguir e não no que têm que dar.
Pessoas mesquinhas, infelizes e inspiradas só pelo seu egoísmo fatal.
11 - A doença da indiferença pelos outros. É quando todo mundo
pensa só em si mesmo e perde a sinceridade e o calor das relações humanas.
Quando os mais capacitados não põem os seus conhecimentos a serviço dos colegas
com menos experiência. Quando, por ciúmes, se sente alegria ao ver que os
outros caem, em lugar de levantá-los e animá-los.
12 - A doença da cara de enterro. A das pessoas rudes e sombrias,
que consideram que, para ser sérios, é preciso pintar a cara de melancolia, de
severidade, e tratar os outros, especialmente os considerados inferiores, com
rigidez, dureza e arrogância. Na realidade, a severidade teatral e o pessimismo
estéril são com frequência os sintomas do medo e da insegurança pessoal.
13 - A doença do acumular. Quando o apóstolo procura encher um
vazio existencial no coração acumulando bens materiais, não por necessidade,
mas simplesmente para se sentir seguro... O acúmulo só pesa e atrasa o caminho,
inexoravelmente.
14 - A doença dos círculos fechados. Pertencer ao grupo se torna
mais forte que pertencer ao Corpo e, em algumas situações, mais forte do que
pertencer ao próprio Cristo. Também esta doença começa sempre com boas
intenções, mas, com o passar do tempo, escraviza os membros e vira um câncer
que ameaça a harmonia do corpo e pode causar muito dano, escândalos,
especialmente aos nossos irmãos menores.
15 - A doença da ganância mundana, do brilho. Quando o apóstolo
transforma o seu serviço em poder e o seu poder em mercadoria para conseguir
benefícios mundanos ou mais poderes. É a doença de quem procura insaciavelmente
multiplicar o seu poder e, para isso, é capaz de caluniar, difamar e
desacreditar os outros, inclusive em jornais e revistas. Naturalmente, para
brilhar e mostrar-se mais capaz que os outros.
Hoje é tempo é escasso!
Mas... ainda assim...
apetecia-me pensar em mim mesma, no que tudo isto
me diz, e partilhar, partilhar, partilhar!
Quem sabe... amanhã possa
ser esse dia?!...
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