quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

AS PEQUENAS COISAS FAZEM TODA A DIFERENÇA!



O primeiro dia do ano, final da oitava do Natal, é  o dia de Santa Maria Mãe de Deus! É também o Dia Mundial da Paz! A Paz que a humanidade tanto anseia mas que ainda não aprendeu a procurá-la no sítio certo, ou seja, cada qual dentro de si mesmo, no mais profundo do seu coração!
Sonhamos com grandes coisas, o que é natural, mas as situações decorrentes do meu dia-a-dia têm-me ensinado que é na atenção às pequenas coisas que faz toda a diferença no desenrolar da minha vida! Então decidi, neste ano que hoje começa, continuar a dar mais atenção às pequenas coisas, sejam elas quais forem! Já experimentei e obtive bons resultados!
Quando falamos em Paz estamos a enunciar amor, compreensão, aceitação, encontro... felicidade!
A felicidade depende sempre da Paz interior, connosco mesmos, com Deus e com tudo o que nos rodeia!
Se todas as pessoas conseguissem Paz interior como o mundo seria diferente!...
Lembro o Papa Francisco naquela entrevista à Viva, revista dominical do diário argentino Clarin, onde apresentou como conselho um decálogo de felicidade, que passo a partilhar:
“1 – Vive e deixa viver
"Aqui os romanos têm um ditado e podemos levá-lo em linha de conta para explicar a fórmula que diz: 'Vá em frente e deixe as pessoas ir junto'." Viver e deixar viver é o primeiro passo de paz e felicidade.
2 – Dar-se aos outros
"Se alguém estagna, corre o risco de ser egoísta. E água estagnada é a primeira a ser corrompida."
3 – Move-te "remansadamente"
"No [romance] 'Don Segundo Sombra' há uma coisa muito linda, de alguém que relê a sua vida. Diz que em jovem era uma corrente rochosa que levava tudo à frente; em adulto era um rio que andava para a frente e que na velhice se sentia em movimento, mas remansado. Eu utilizaria esta imagem do poeta e romancista Ricardo Guiraldes, este último adjectivo, remansado. A capacidade de se mover com benevolência e humildade, o remanso da vida. Os anciãos têm essa sabedoria, são a memória de um povo. E um povo que não se importa com os mais velhos não tem futuro."
4 – Brincar com as crianças
“O consumismo levou-nos a essa ansiedade de perder a sã cultura do ócio, desfrutar a leitura, a arte e os jogos com as crianças. Agora confesso pouco, mas em Buenos Aires confessava muito e quando via uma mãe jovem perguntava: Quantos filhos tens? Brincas com os teus filhos? E era uma pergunta que não se esperava, mas eu dizia que brincar com as crianças é a chave, é uma cultura sã. É difícil, os pais vão trabalhar e voltam às vezes quando os filhos já dormem. É difícil, mas há que fazê-lo"..
5 – Partilhar os domingos com a família
"No outro dia, em Campobasso, fui a uma reunião entre o mundo universitário e mundo trabalhador, todos reclamavam que o domingo não era para laborar. O domingo é para a família".
6 – Ajudar os jovens a conseguir um emprego digno
"Temos de ser criativos com esta franja. Se faltam oportunidades, caem na droga. E é muito elevado o índice de suicídios entre os jovens sem trabalho. No outro dia li, mas não me fio porque não é um dado científico, que havia 75 milhões de jovens dos 25 anos abaixo desocupados. Não chega dar-lhes comer, há que inventar cursos de um ano de canalizador, electricista, costureiro. A dignidade de levar o pão para casa".
7 – Cuidar da Natureza
"Há que cuidar da criação e não o estamos a fazer. É um dos desafios maiores que temos.”
8 – Esquecer-se rapidamente do negativo
“A necessidade de falar mal de alguém indica uma baixa auto-estima. É como dizer ‘sinto-me tão em baixo que em vez de subir baixo o outro’. Esquecer-se rapidamente do negativo é muito mais saudável”.
9 – Respeitar quem pensa de maneira diferente
"Podemos inquietar o outro com o testemunho para que ambos progridam com essa comunicação, mas a pior coisa que se pode fazer é o proselitismo religioso, que paralisa: ‘Eu dialogo contigo para te convencer'. Não. Cada um dialoga sobre a sua identidade. A Igreja cresce por atracção, não por proselitismo".
10 – Procurar activamente a paz
"Estamos a viver uma época de muita guerra. Em África parecem guerras tribais, mas são algo mais. A guerra destrói. E o clamor pela paz é preciso ser gritado. A paz, às vezes, dá a ideia de quietude, mas nunca é quietude, é sempre uma paz activa".”
Paz activa! Paz que não se aquieta! A busca pela Paz interior não se pode aquietar, tem de ser uma dura luta para sair dos maus pensamentos, más palavras, maus gestos, e para fazer o bem a quem de nós necessite!
Só quem vive em Paz poderá promover a Paz!
Tenho a certeza que, de facto, se nas pequenas coisas da vida formos capazes de pôr em prática estes dez conselhos do nosso Papa, teremos de ser, irremediavelmente, muito felizes e, consequentemente, a irradiar e promover uma verdadeira e autêntica Paz!
Só poderá promover a Paz quem viver em Paz, e para se viver em Paz temos de prestar muita atenção às pequenas coisas da vida!
Que neste primeiro dia do ano a Virgem Maria Mãe de Deus e nossa Mãe e o Menino Jesus e o Seu Espírito Santo nos ajudem!

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