sábado, 17 de janeiro de 2015

TEMPO COMUM!



Falar de Tempo Comum dá ideia de uma coisa vulgar, mas não! Muito embora seja um tempo em que não se celebrem festas específicas como sejam Nascimento e Morte, é tempo de nos dedicarmos à Evangelização, de aplicar na vida tudo o que se foi interiorizando e descobrindo na vivência dos chamados Tempos Fortes!
E assim sendo, as revisõesda nossa forma de viver, mais ou menos profundas...  são parte integrante de todos os momentos da vida, de quase todos mesmo!
 Nos tempos fortes porque são tempos fortes; no tempo comum porque é preciso dar ênfase ao vivenciado no tempo forte!
Deve ser assim a nossa vida!  E ainda bem, pois de contrário, a caminhada teria muitas paragens que não levariam a nada mesmo!
Sabemos por experiência que, se estivermos habituados a caminhar e ficarmos uns dias sem movimento custa muito mais a começar a caminhar! Então, parar para quê?
A nossa vida é... ou deve ser uma constante busca, figurada nos Magos à procura do Menino!
Quanta atenção, procura, desilusões, galgar de caminhos desconhecidos, encontros com o interesse mórbido e a mentira de 'Herodes'... quantos Herodes nas nossas vidas, quantas tentações, e quanta grandeza escondida na pequenez dos pequenos gestos onde nos podemos realmente encontrar com os verdadeiros mistérios de Deus!
A Luz que iluminou os Magos, é a mesma que nos ilumina, é a Luz da Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo iluminada pela Sua Palavra presente nas Escrituras e na Tradição!
Encontrar Jesus é a grande tarefa da nossa vida! Encontrar Jesus e ajudar as outras pessoas a encontrá-Lo também, pois encontrando Jesus estamos perante a ternura incomensurável de Deus que não se cansa de nos acariciar, assim o consigamos aceitar!
Na maldade de Herodes, na pequenez de um rei nascido fora de um palácio numa simplicidade ímpar, os Magos reconhecem que os caminhos de Deus são muito diferentes dos caminhos do mundo, são simples e discretos, e é na pequenez que Ele sempre Se manifesta!
Recordemos, a propósito, algumas frases do Papa:
“ Qual é o mistério onde Deus Se esconde? Onde posso encontrá-Lo? Ao nosso redor, vemos guerras, exploração de crianças, torturas, tráficos de armas, comércio de pessoas… Em todas estas realidades, em todos estes irmãos e irmãs mais pequeninos que sofrem por tais situações, está Jesus (cf. Mt 25, 40.45). O presépio propõe-nos um caminho diferente do sonhado pela mentalidade mundana: é o caminho do abaixamento de Deus, a sua glória escondida na manjedoura de Belém, na cruz do Calvário, no irmão e na irmã que sofre.
Os Magos entraram no mistério. Passaram dos cálculos humanos ao mistério: esta foi a sua conversão. E a nossa? Peçamos ao Senhor que nos conceda fazer o mesmo caminho de conversão vivido pelos Magos. Que nos defenda e livre das tentações que escondem a estrela. Que sintamos sempre a inquietação de nos interrogarmos «onde está a estrela», quando a perdermos de vista no meio dos enganos do mundo. Que aprendamos a conhecer de forma sempre nova o mistério de Deus, que não nos escandalizemos do «sinal», da indicação «um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12), e que tenhamos a humildade de pedir à Mãe, à nossa Mãe, que no-Lo mostre. Que encontremos a coragem de nos libertar das nossas ilusões, das nossas presunções, das nossas «luzes», e que busquemos tal coragem na humildade da fé e possamos encontrar a Luz, Lumen, como fizeram os santos Magos. Que possamos entrar no mistério. Assim seja.”
Estas palavras não podem ser só da época de Reis em que foram proferidas, mas de sempre, são de todas as épocas! Elas nos ajudarão a rever as nossas atitudes diárias ao longo de toda a vida e nos encorajarão a bem viver!

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