segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Animais a domesticar

Nunca tinha pensado que os nossos olhos, tal como águias voadoras na busca de presa fácil, se debruçam sobre tudo quanto nos rodeia - o que temos de treinar a olhar atentamente só o que é bom ou leva a fazer ou escolher somente o bem.
As nossas mãos, tal como os os falcões prontos a segurar nas suas garras tudo quanto lhes surge pela frente, têm que ser admoestadas a fazer o bem sem magoar seja quem for.
Prontos a correr para o que lhes agrada tal como os coelhos famintos e folgazões, os nossos pés têm de ser encaminhados para o que seja melhor para o bem de toda a humanidade.
O célebre burro que tende a carregar tudo quanto se lhe põe às costas poderá ser a figura do nosso corpo que temos de levar a não fugir do que lhe custa fazer.
Mas, há ainda um leão muito feroz que temos de aprender a dominar constantemente, o nosso coração, sempre pronto a ser o maior de todos e o primeiro em tudo.
E acima de tudo, uma terrível serpente dentro de 32 pilares bem aguçados, a minha língua que, ao primeiro descuido, se apronta a envenenar tudo quanto lhe apareça pela frente, com as suas palavras impensadas, agressivas e cortantes, que urge dominar.
Esta foi a primeira vez que me foi dado comparar-me a um jardim zoológico com vários animais bem diferentes todos alojados na mesma jaula, o meu próprio ser!...
Resta-me, com muita coragem, continuar a domá-los, agora, mais consciente do esforço que terei de fazer, ininterruptamente, para que não consigam vencer-me nesta caminhada rumo à felicidade junto do nosso Deus.
Que o Senhor me ajude!

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