domingo, 19 de junho de 2016
SER CRISTÃO!
Por mais que se fale de cristianismo, nunca conseguiremos
dizer tudo!
Então, sintetizamos dizendo que um cristãos é um seguidor de
Jesus Cristo!
Mas… que seguidor? Seguir Jesus Cristo como? Ir à missa aos
domingos e dias santos? Aos funerais, baptizados e casamentos? A algumas festas
da terra? Andar na catequese durante uns anos até receber o Sacramento do
Crisma e sentir-se satisfeito com isso, por já poder ser padrinho ou madrinha e
por aí alem?
Pois tudo isto faz ou pode fazer parte do ser cristão, mas
acabará por não ser nada se não dermos seguimento a estas práticas.
A cada dia que passa, mais aprendo e mais sei que nada sei!
Acerca do Evangelho, ou melhor, da Liturgia da Palavra deste
Domingo, o XII do Tempo Comum, tantas aprendizagens se nos apresentam!...
Vamos ver o que nos diz o Padre Pedro Quinteiro, Cssr, sobre
este Domingo:
“O cristianismo não é uma
ideologia nem uma doutrina. Ser cristão não é aderir a uma teoria, a umas
ideias, a uma doutrina. Ser cristão é aderir a uma
pessoa – Jesus Cristo. É reconhecer n’Ele a verdade,
o sentido da vida, o guia seguro que em qualquer circunstância deve ser
seguido. Mas este seguimento dá de caras com a morte. E, então, como ficam as
coisas, quando Jesus já não anda mais, visivelmente, neste nosso mundo?
O que Jesus nos diz “a todos”
(Lc. 9,23) é que O devemos seguir, tomando a nossa cruz todos os dias. A melhor
maneira para entender e seguir Jesus é começar a fazer a mesma coisa que Ele
fez. Não são as teorias e as belas ideias sobre Jesus que nos ajudam a
conhecê-Lo e a entendê-Lo. O que nos ajuda verdadeiramente
a conhecê-Lo e a entendê-Lo é viver como Ele viveu e morrer como Ele
morreu. Fazer a experiência do mundo e de Deus que Ele
fez, isso é que nos torna seus discípulos, dignos do nome de
“cristãos”.
S. Lucas diz-nos que, para
seguir Jesus, é preciso tomar a própria cruz “cada dia”. Tomar a própria cruz não acontece apenas no caminho do Calvário,
mas na vida de cada dia. Quem não souber ou não quiser assumir as pequenas
cruzes de cada dia, não será nunca um verdadeiro cristão, mártir do amor até ao
fim, como Jesus. É fácil ostentar o crucifixo ou a cruz ao peito. Mas viver o
autêntico sentido da cruz é que nos torna verdadeiramente “cristãos”,
seguidores de Cristo. Seguir Jesus leva consigo decidir-se a perder a vida como
Ele e pela causa d’Ele. Afinal, a vida verdadeira é doá-la como Ele a doou.
Pelo baptismo, os cristãos como que
mudámos de personalidade: somos todos “Cristo”, todos iguais
aos olhos de Deus, todos somos o Seu Filho querido: “não há mais homem nem
mulher, nem judeu nem grego, nem senhor nem escravo” (2ª leitura)… Estamos
vitalmente incorporados a Cristo, formando com Ele um só Corpo, uma
só vida.
Seguir Jesus, ser
cristão, portanto, é acabar de vez com os cálculos humanos de sucesso, de
prazer, de poder. É, por isso, «perder
a vida». O cristão já não tem mais na mão a sua própria
vida. Ela já está dada. Já não dispõe dela. Jesus
hipotecou tudo. Morreu até a nossa própria vontade. Só vive ainda em nós o amor
que Ele quer manifestar ao mundo.”
Depois de tanta maravilha nestas palavras, termino como
comecei: ‘Por mais que se fale de cristianismo, nunca conseguiremos dizer tudo!
E acrescento: ‘não é preciso dizer… mas viver! Urge deixar
que as atitudes da nossa vida falem por nós!
Que Deus nos ajude!
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