quinta-feira, 2 de julho de 2009

Libertação

Hoje a leitura e meditação do Evangelho do dia, S. Mateus 9,1-8, tocou-me por demais.
Um paralítico foi levado a Jesus, a Jesus que consegue ver o paralítico total, a Jesus que vê o outro lado da vida, que vê o homem que está na Sua frente com toda a sua história. Consegue ver o homem que está à Sua frente melhor que o próprio homem vê a si mesmo.
Jesus sabe que a doença corporal do homem não é a pior doença do homem. A pior doença do homem é a sua prisão às situações erradas cometidas.
Não posso esquecer que naquele tempo viam a doença como um castigo de Deus! Na frente de Jesus, desejando e suplicando veementemente a cura, aquele homem tinha presentes todos os seus pecados, aquilo que os homens normais não conseguiam ver mas que Jesus via. Os pecados daquele homem causavam-lhe pavor, medo de Deus, e o medo não deixa que façamos nada de bom.
Jesus quer dizer àquela gente e a nós todos:
-que Deus conhece as fraquezas humanas, (Jesus conhecia os pecados daquele homem);
-que Deus é misericordioso, (perdoa os pecados, as maldades dos homens, sente alegria em perdoar, deseja perdoar, quer a sinceridade do homem, e mesmo que o homem não fale, lê seus pensamentos, conhece os seus pensamentos, o outro lado da vida, até aos ínfimos pormenores, não é possível escondermo-nos de Deus);
-que o homem tem de estar interiormente liberto, tem de cuidar do outro lado da vida, da sua vida espiritual, sentimental, daquilo que ninguém mais vê além dele, pois quanto mais o homem cuidar da sua parte que ninguém mais vê, que é a mais importante, menos paralítico estará para poder crescer como pessoa total e ter uma vida mais digna.

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