VEM ESPÍRITO SANTO!

Está a chegar ao fim do Tempo Pascal, em que nos foi dado viver a Páscoa ou passagem de Jesus Cristo Filho de Deus e Homem como nós, para junto do Pai de onde saiu para ser Sua palavra junto de nós! Palavra, exemplificada, com ações indescritíveis que só mesmo um Filho de Deus pode fazer.

E tal como se repete todos os anos, está a chegar a hora de se chamar com todo o afã: Vem Espírito Santo! Vem ajudar-nos a seguir as pegadas e ensinamentos de Jesus, vem ajudar-nos a ser, neste mundo onde fomos colocados, sinais do Deus Vivo que nos aquece o coração, enriquece a alma e ilumina a vida!

Claro que as fragilidades humanas nos atropelam todos os dias e em todos os momentos, e nos levam a ver e observar coisas que sabemos que Deus não gosta, mas ‘quem nunca errou que atire a primeira pedra’! Se pensássemos nestas palavras de Jesus, não haveria tantas críticas e todos nos olharíamos como pecadores que somos sujeitos a todas as ciladas do mal, vindo de nós e de quem connosco convive.

Deus não gosta, disse eu. Claro que Deus não gosta do mal que os homens e mulheres praticam, mas nunca deixa de gostar dos homens e mulheres que as praticaram, que é o que todos nós devemos fazer!

De Deus Pai, todos nós somos filhos no Filho! Vamos ver com muita atenção o texto seguinte e compreenderemos bem mais o porquê das nossas fragilidades:

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São Tomás de Aquino (1225-1274) teólogo dominicano, doutor da Igreja
«Comentário sobre São João», tomo II § 2061

Convém considerar que, quando é enviado, o Espírito Santo não muda de lugar, dado que Ele cobre a superfície da Terra, como diz o Livro da Sabedoria (1,7); o que acontece é que o Espírito Santo começa a habitar de maneira nova, pela graça, naqueles que transforma em templo de Deus: «Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1Cor 3,16).

E não é contraditório dizer que Ele é enviado e que vem, porque dizer que vem permite-nos ver manifestamente a majestade da sua divindade, Ele que «opera» «como quer» (1Cor 12,6.11), e dizer que é enviado mostra que procede de outro. Com efeito, o facto de santificar a criatura racional habitando nela provém de Outro, do qual ele Ele tem o ser, tal como o Filho tem o agir de Outro.

Observemos igualmente que a missão do Espírito Santo provém conjuntamente do Pai e do Filho, como exprime o Livro do Apocalipse: «[O anjo] mostrou-me, depois, um rio de água viva, resplendente como cristal, que saía do trono de Deus e do Cordeiro [ou seja, de Cristo]» (Ap 22,1). É por isto que, para a missão do Espírito Santo, se refere o Pai e o Fiho, pelos quais, em virtude de um mesmo e igual poder, Ele é enviado. Assim, umas vezes Cristo apresenta o Pai como aquele que envia, embora não o faça sem o Filho: «o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome» (Jo 14,26); doutras vezes apresenta-Se a Si mesmo como aquele que envia, mas não o faz sem o Pai: «que Eu vos enviarei de junto do Pai», porque tudo aquilo que o Filho faz provém do Pai: «O Filho, por Si mesmo, não pode fazer nada» (Jo 5,19).

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Vou pegar nesta última frase: «O Filho, por Si mesmo, não pode fazer nada» (Jo 5,19).

Se Jesus, por si mesmo, nada pode fazer, como poderemos nós, sozinhos??? Será completamente impossível conseguirmos fazer de bom seja o que for!

Então, tenhamos presente a Trindade Santa, Pai, Filho e Espírito Santo!

Se o Pai e o Filho enviam o Espírito Santo é porque as pessoas a quem O enviam estão com Eles, na oração, na renúncia ao mal, na ajuda a quem necessita, no querer ser discípulos missionários como Jesus quer e o mundo necessita!

Agora... não pensemos que só a Igreja Católica tem pessoas boas porque isso não é verdade, tem de tudo, tem bom e menos bom. É por isso que o Papa Francisco aprecia toda a gente, seja de que crença for, pois o importante é a verdade dos fatos, o ser correto, sincero, verdadeiro, amigo, presente... seja quem for e de onde for.

Se Deus é AMOR, onde houver Amor habita Deus.

O Amor conhece-se pelas obras que as pessoas fazem.

Vinde Espírito Santo de Deus, vinde encher de Amor verdadeiro todos os corações.

Hermínia Nadais