quinta-feira, 7 de novembro de 2013
O NAMORO E NOIVADO
Os
namorados, noivos e casados dialogam naturalmente, é inevitável. Namoro,
noivado e casamento sem diálogo simplesmente não podem existir!
Há
casais que durante o dia vão contando um ao outro todo o desenrolar dos
acontecimentos, mas, penso que serão ainda poucos os casais que dialogam sobre
o seu conhecimento interior, sentimentos, inseguranças, temperamentos…
quaisquer dúvidas que poderão surgir. Mas é este diálogo sério e profundo que
ajuda ao crescimento de cada um e a uma boa vivência em casal.
“Um casal que caminha para o casamento não
pode viver de máscaras, onde um ainda tenta impressionar o outro como se fosse
um flerte adolescente, mas deve mostrar sua real humanidade, cheia de falhas e
medos. Pensar em manter uma aparência para garantir um relacionamento, assim
como pensar em se casar com alguém próximo da perfeição é pura ilusão, ainda
vivida por muitas pessoas.”(Papa
Francisco)
E
terá que haver muito cuidado, pois o ter medo de perder o(a) noivo(a) ao conhecer
melhor a sua estrutura interior não pode existir. O amor implica compromisso e
uso da razão, e o conhecimento interior é imprescindível para a compreensão e o
crescimento e santificação do outro, que deve começar no noivado para se
concretizar com seriedade na celebração
do Matrimónio.
O
diálogo ou comunicação entre o casal existe mesmo sem palavras, e quando tudo
se vai esfumando no tempo, a novidade do princípio da vida em comum, as festas,
as viagens, o dinheiro, o status social, o vigor físico… não têm garantia de
continuidade. Ao assumirem o Matrimónio "é até que a morte os separe".
Parece difícil e é, mas com o diálogo a gerar cada vez mais conhecimento mútuo
e a gerar ajuda mútua acabará por ajudar a que nenhum problema possa justificar
uma separação.
Os
problemas são mais complicados quando são encontradas dificuldades e restrições
ligadas à vida sexual… mas também isso se resolve com o diálogo, a
interioridade, a verdade e compreensão mútua.
As correrias
da vida são avessas ao diálogo… e quando
os filhos crescem e saem de casa para estudarem ou casarem e o casal fica
sozinho, se não estão habituados a falar das suas estruturas interiores é uma
confusão, pois libertos das correrias acabam por se entreolhar como pessoas
desconhecidas, o que não poucas vezes acaba em divórcio.
Sem
esquecer as outras amizades, pois o casal tem necessidade de amigos, casais ou
pessoas singulares, deve criar-se a cada dia mais amizade entre o casal,
através de um diálogo profundo e sincero.
Durante
o noivado urge verificar a maturidade dos valores humanos próprios
da relação de amizade e de diálogo que caracterizam o noivado, a base do
amor que leva os cônjuges a doarem a vida, um pelo outro, “como
Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.”
O
diálogo, exercitado “com disposição para escutar e coragem para conversar como
quem está interessado em buscar soluções, não em acusar,” “promove a amizade e
alimenta o amor, resolve conflitos e evita que eles surjam”. Mas… ninguém é
capaz de levar esta tarefa até ao fim sozinho, sem a misericórdia divina, ("só
Deus sabe criar a harmonia a partir das diferenças. Se falta o amor de Deus, a
família também perde a harmonia, prevalecem os individualismos, se apaga a
alegria". (Papa Francisco, na homilia da missa de encerramento
da Jornada das Famílias em 27/10/13)
Sagrada
Família de Nazaré, ajuda os pais e avós a serem exemplo de relação conjugal e a
promoverem nos nossos jovens uma preparação adequada para uma boa constituição
de cada nova família.
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