sexta-feira, 21 de outubro de 2016

FUGA... BUSCA... PROCURA... ENCONTRO...


Fuga... busca... procura... encontro...
Estas palavras estão sempre bem presentes na nossa mente, até porque, por razões que todos conhecemos... e que a maior parte das vezes não são as melhores... a Comunicação Social não nos deixa esquecê-las.
Mas vamos esquecer roubos assassinos e outros coisas que tais... e mesmo as pessoas que nos rodeiam... para nos centramos em nós próprios, pois encerramos numa só pessoa que somos nós mesmos, todas estas expressões que nos parecem  tão deprimentes.
Se pensarmos um pouquinho... veremos que estas fugas fazem parte, na realidade, das nossas tendências naturais!
Vamos começar pela fuga, pelas nossas fugas! Pelo fugir das dificuldades, das pessoas que não gostamos tanto, de um animal que detestamos ou nos parece feroz, de um trabalho que não gostamos de fazer... de um telefonema que de antemão sabemos que nos faz ouvir... ouvir... sem saber o que dizer... e nós com tanto trabalho para fazer... E por aí adiante. Um montão de fugas... fugas de tudo o que está fora de nós e de qualquer modo nos embaraça a existência desejada.
Deste tipo de fugas... há, de facto, fugas que teremos de fazer, como o fugir de tudo o que é mau e faz mal... mas haverá outras fugas que teremos de abraçar, quando se trata de ajudar quem necessita de nós, do nosso tempo, das nossas palavras, do nosso trabalho, do nosso sorriso, do nosso carinho e ternura, da nossa presença, dos nossos gestos de compaixão misericórdia e amor... que de tão interligados até se confundem entre si!
Mas... agora... vem a pior das fugas... o fugir de nós mesmos!
O fugir de entrar no nosso íntimo, lá bem no fundo, naquele sítio real/imaginário a que chamamos coração, onde se encontram as raízes das nossas más tendências, aquelas que geram em nós acções menos dignificantes e que teremos de nos esforçar muito para as modificar, para torná-las menos fortes a fim de termos uma vida mais amável, compreensiva, caritativa, solidária, humana.
Mas também é lá, bem no fundinho de nós mesmos,  no tal sítio real/imaginário a que chamamos coração, que se encontram as nossas apetências, habilidades, qualidades, dons... para procurar, buscar, encontrar e desenvolver de modo a podermos ser mais o que devemos neste mundo lindo onde vivemos por obra e graça de Deus.
Então... hoje... vamos decidir não mais fugir de nós e dar mais atenção ao nosso “ser pessoa”, buscando e procurando intensamente tudo quanto de menos bom houver em nós para o tornar melhor... e tudo quanto de bom lá houver para o podermos desenvolver como a todos convém!
Se o fizermos, inúmeras coisas mudarão em nós mesmos e no nosso meio ambiente circundante!
O mundo ficará mais rico e com menos tragédias humanas que tanto nos preocupam!
Uma boa sexta – feira, repleta de bons encontros!

HN

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