domingo, 30 de outubro de 2016
OS NOSSOS... MISTÉRIOS!
Não
sei se o mundo se abre para os seres, se os seres se abrem para o mundo. As
duas situações, em simultâneo, acontecem tão naturalmente que nem sequer delas
nos apercebemos. Para conseguirmos uma ideia do que poderá ter sido o nosso
aparecimento e integração no mundo, seria bom que nos pudéssemos imaginar um
bebé acabado de ser concebido. Parece descabida esta afirmação, pois na
realidade não há memória de alguém se
lembrar de alguma coisa que se tenha passado consigo durante a vida
intra-uterina. Todavia, na actualidade temos a certeza que, estudos muito
aturados e acompanhados de investigações seguras provam que as vivências no
seio materno têm influência no comportamento dos recém-nascidos e, em boa
parte, podem determinar a sua forma de ser na vida futura.
A
psicologia põe em evidência certos factores determinantes que podem
transmitir-se, geneticamente, de pais para filhos: é a côr dos olhos, da pele e
do cabelo, o tom de voz, os sinais da pele... tipo de sangue.... é muito
corrente falarmos em doenças transmissíveis, e quando os bebés apresentam
certas maneiras de ser, as expressões, “tal pai tal filho”... “tal avô tal
neto”...”tal mãe tal filha”... saem-nos sem mais nem porquê. E então, se se
trata de calma ou nervosismo... as semelhanças têm tendência a verem-se mais
acentuadas. É um facto incontestável que os descendentes tenham algo dos seus
progenitores, incompreensível seria se assim não fosse. Mas, a esta parte,
muita fita tem sido gravada e muita tinta, papel e tempo têm sido gastos no
estudo do desenvolvimento dos seres humanos desde o nascimento, e há sempre
coisas que se constatam e que nos surpreendem. As semelhanças físicas podem
aparecer até depois de quatro ou cinco gerações, são imutáveis bem assim como
alguns traços fundamentais do psiquismo. Agora, falando do comportamento mais
superficial, com o desenvolvimento dos órgãos de comunicação social e
consequente informação de massas, somos confrontados com as mais díspares
situações que nos levam a pensar que não deverá ser tanto assim. É muito comum
aparecerem-nos crianças adoptadas que se identificam por demais com os pais
adoptivos. E isto porque, com as semelhanças entre gerações, muitas vezes, os
traços fisiológicos passam mais despercebidos do que as atitudes
comportamentais, e o psiquismo de base nem sempre é visível pela sociedade que
nos envolve. Um outro pormenor que acentua a descrição que se segue é que, no
caso de adopção, os pais adoptivos têm preferência por crianças quanto mais
jovens melhor. Há mesmo os que tomam conta delas logo após o nascimento. Esta é
a resposta a que o ser humano tem qualidades inatas e adquiridas. Poderão
chamar-se inatas os traços fisiológicos, tipo de sangue e doenças
transmissíveis, porque a parte psicológica e comportamental pode muito bem ser
trabalhada no pós nascimento.
Mas…
ficará para uma outra ocasião
HN
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