sábado, 18 de fevereiro de 2017

REZAR... OU ORAR?


Rezar ou orar? Não sei! A vida é feita da interiorização e assimilação de inúmeras experiências vivências e aprendizagens… e o que hoje nos parece muito certo, manhã poderá começar a tornar-se duvidoso e a necessitar de muitas mudanças de atitudes.
Temos que reconhecer que ‘rezar’... é repetir orações lidas ou decoradas feitas por nós ou por outras pessoas; e ‘orar’… é falar com Deus sobre o que nos alegra ou preocupa, sobre dificuldades ou anseios… com os nossos jeitos e expressões próprias, palavras ou simplesmente pensamentos, em qualquer lugar ou situação em que estivermos, convictos de que Deus está sempre connosco sem nunca nos desamparar, pronto a ser um connosco na luta pela felicidade de todas as pessoas com quem nos vamos cruzando todos os dias no rodar da vida.
Há uma outra coisa que não podemos esquecer. Ensinaram-nos, e nós aprendemos, que rezar é falar com Deus! E é! Rezar é falar com Deus, mas com as palavras das outras pessoas! Palavras lindas que nos vão ensinando a interiorizar e viver segundo a vontade de Deus que se encontra nos textos Bíblicos explicados e meditados em comunidade e a sós cada vez com mais rigor.
E quanto mais rigor dermos a estas posturas, mais comunhão conseguimos com Deus e os irmãos. E durante este percurso o início do nosso ‘orar’ ou falar com Deus com palavras próprias como um filho que se dirige confiadamente ao pai vai-se fazendo, aos pouquinhos, com avanços e recuos, conforme nos formos abrindo ao querer de Deus para nós que nos vai ajudando no aperfeiçoamento de todos os momentos.
Então, acabámos por cada vez sentir menos falta dos livros de orações, porque, a substituí-los, confiantes em Deus sensivelmente presente em todas as actuações de todos os momentos de todos os dias e noites… a nossa vida se vai tornando cada vez mais em oração permanente em todas as noites e dias.  
As há mais: rezar… ou orar… dependerá sempre da necessidade de cada momento específico de oração! Se a oração é comunitária e houver momentos de partilha podemos orar espontaneamente, do nosso jeito, com palavras nossas e com o que quisermos dizer a Deus/Jesus.  Se não houver momentos de partilha, não poderemos orar comunitariamente. Assim, quando em comunidade, normalmente, rezamos; particularmente, ou seja, a sós, podemos e devemos orar.
Mas o que chamamos orar/falar tem sempre em conta o envolvimento e desenvolvimento da relação concreta da pessoa com Deus, o que vai acontecendo gradualmente, em todas as situações da vida.
Um bom fim-de-semana, com a certeza de que Deus caminha connosco no mais íntimo do nosso coração, de onde partem todas as nossas orações ou conversas íntimas com Deus. 
HN

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