Antigamente passava tempo a falar e
escrever sobre liberdade, e com isso aprendi muito e modelei muitos dos meus
modos de ser e estar. Mas… hoje…começo a não ver a liberdade como desde cedo
aprendi a vê-la!
Eu punha em prática a liberdade em relação
às pessoas que comigo partilhavam a vida, aceitando cada qual e não
interferindo com a sua vontade sempre que possível! Isto é respeitar a
liberdade do outro(a).
Hoje, tenho que pensar a liberdade em
relação a mim mesma, eu própria livrar-me de mim!
Parece estúpida esta afirmação, mas é
urgente!
Eu tenho de ter o discernimento de me
olhar interiormente e ver o que está bem ou mal na minha forma de proceder, e
ganhar coragem para dizer a mim mesma: não, menina, não podes fazer isto!... o
que hoje fizeste não está bem.
E depois, levar a cabo aquilo a que me
comprometer comigo mesma.
Esta, de facto, é a mais verdadeira e
sincera das liberdades. Fazer o que se deve, e não o que se quer… é preparar-se
para
«»
"SUPERAR QUALQUER
IMPREVISTO PARA AMAR DE CORAÇÃO LIVRE"
Existem vários imprevistos, às vezes
sutis, que podem ser barreiras que nos impedem de ter um coração livre para
amar: uma doença que traz preocupação, um pequeno acidente que muda nosso
programa, o trânsito pesado, uma visita inesperada e às vezes inconveniente.
Enfim, qualquer imprevisto que tira a nossa atenção do essencial.
Devemos fazer um esforço de permanecer
no amor, de não deixar que nada nos tire do foco principal de nossa vida: amar
a todos sem fazer distinção de pessoas. Em qualquer momento e em qualquer
situação.
Só o amor é capaz de nos tornar livres
de todos os imprevistos.
Quem é fiel à prática do amor faz a
experiência de superar o egoísmo, os apegos, e até mesmo o ódio, para agir de
coração livre.
O verdadeiro conceito de liberdade não é
o do livre arbítrio. É aquele que, mesmo tendo consciência do livre arbítrio,
leva-nos à escolha de amar sempre… e a «»
“ACOLHER CADA IRMÃO SEM FAZER DIFERENÇAS"
O desapego das minhas opiniões, do meu
individualismo, pode-me libertar dos laços do egocentrismo e ensinar-me a
acolher o outro, o diferente de mim.
O desapego das pessoas que me são caras,
das amizades particulares, pode-me libertar das preferências e abrir meu
coração a todos, para amar sem fazer distinção de pessoas.
O desapego das coisas materiais pode-me
libertar do egoísmo e fazer-me descobrir a supremacia do ser sobre o ter.
A liberdade interior só se alcança
amando. Ela não é conquista de direitos individuais, é consequência do
amor irrestrito e constante aos irmãos e irmãs, sem fazer diferenças entre
as pessoas.
Abraços
Apolonio
«»
Sim! Isto é ser livre! Livre para Amar
com um coração livre de apegos invisíveis e desnecessários à paz e fraternidade
entre as pessoas, à compreensão e aceitação do outro como ele é, muito embora
tenhamos de fazer alguma coisa para levar as pessoas a mudar os seus maus
costumes, mas não com ralhos ou chamadas secas de atenção, mas com muito
carinho, ternura, dedicação, prudência, amor!
Estamos em pleno mês de Novembro, mês de
Todos os Santos! façamos tudo para sermos o melhor que pudermos, como Deus quer
e Jesus e Sua Mãe Santíssima nos ensinaram e exemplificaram!
Boa noite, com coração bem livre para
amar!
Hermínia Nadais
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