sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

PALÁCIOS DE RIQUEZA!...


Vamos prestar um pouco de atenção a este texto que recebi de Evangelizo:
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Santa Teresa de Ávila (1515-1582)
carmelita descalça, doutora da Igreja
«O Caminho da perfeição», cap. 28, 9-11
Imaginemos que há em nós um palácio de imensa riqueza, todo construído em ouro e pedras preciosas, digno do Senhor a quem pertence. Em seguida, pensai, minhas irmãs, que a beleza deste edifício também depende de vós. É verdade, pois haverá edifício mais belo do que uma alma pura e cheia de virtudes? E quanto maiores forem, mais resplandecem as pedrarias. Por fim, pensai que neste palácio habita este grande Rei que quis tornar-Se nosso Pai; Ele senta-Se num trono de grande valor, que é o vosso coração. [...]
Podereis rir-vos de mim e dizer que isto é muito claro. Tendes razão, mas foi obscuro para mim durante um certo tempo. Eu compreendia que tinha alma, mas a estima que esta alma merecia, a dignidade daquele que a habitava era algo que eu não compreendia. As vaidades da vida eram uma venda que colocava sobre os olhos. Se tivesse percebido, como percebo hoje, que naquele pequeno palácio da minha alma habita um Rei tão grande, não O teria deixado só tantas vezes; de tempos a tempos, teria ido para junto dele e teria feito o necessário para que o palácio estivesse menos sujo. Como é admirável pensar que Aquele cuja grandeza encheria mil mundos, e muito mais, cabe em morada tão pequena!
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Não me considero muito disparatada, mas este texto, tão simples como verdadeiro e profundo, deixou-me a pensar. De fato, trazemos em nós inúmeras ‘pedras preciosas’ e nem sequer nos lembramos que as temos, tão escondidas elas estão, por tratar, por limpar, por colocar nos sítios certos, ali, onde Deus quer que as usemos!
Desde muto jovem compreendi a presença de Deus na minha vida, mas mostravam-me o pecado com tanta veemência e tanta indignidade para mim que nunca consegui olhar-me possuída por Deus desta maneira, como ‘arca de pedras preciosas’!
E ainda hoje, depois de tantas experiências vividas e tanto tempo passado, de tantas aprendizagens e profundas reflexões, vem este texto simples chamar-me à atenção para o que realmente sei, mas não valorizo como devo!
Sinceramente, vou procurar olhar-me mais, não por mim que o não mereço, mas por ‘Esse’ Pai maravilhoso misericordioso e bom que se digna habitar o meu paupérrimo coração!
Obrigada vida, que tanto me ensinas! Obrigada irmãos e irmãs que tanto me ajudais a crescer! Ao olhar-nos mutuamente como ‘palácios de pedras mais ou menos preciosas’ que a compreensão e aceitação fraternal aumente entre nós, é imperioso!
Hermínia Nadais

1 comentário:

Margarida Pires disse...

Todos somos um diamante em bruto pronto a polir.
Sorrisos de alegria.
Mefy Maia