Na calma e placidez de um dia
cinzento se vai festejando, no silêncio dos segundos, o Nascimento de João
Batista, o maior homem depois de Jesus Cristo que veio anunciar, vivendo
moderada e regradamente recolhido mostrando-se batizando nas águas correntes do
Rio Jordão!
Com tantos anos e ainda não percebi
a razão de tantas festas populares e traquinices praticadas nesta noite.
Claro que os Santos são alegres por
natureza, será por causa disso? Sinceramente não sei… e nem sequer vou tentar
saber!
Quem dera que toda a gente lhe
seguisse os passos, o mundo seria bem melhor para todos!
Foi condenado à morte
por dizer a verdade acerca da vida do Rei que vivia maritalmente com a mulher
de um irmão! Claro que ela, quando teve oportunidade, aconselhou a filha a
pedir a cabeça de João!
Essa mulher estava
ressentida pelas palavras de João!
«»
Guardar ressentimentos é como manter uma ferida aberta. É alimentar algo
que nos faz sofrer.
Talvez façamos isso para demonstrar o quanto o outro nos feriu. Ou para
manter vivo em nós o sentimento de vingança.
De todos os modos, é uma ferida que não cicatriza.
Quando há o arrependimento e um pedido de perdão por parte da outra pessoa,
isso traz um certo alívio à dor, mas a única coisa que realmente a elimina é o
nosso perdão.
Se é assim, vale a pena perdoar antes mesmo que o outro se arrependa;
perdoar dentro do nosso coração, perdoar setenta vezes sete, perdoar sempre.
Os ressentimentos apagam a chama do amor dentro de nós, enquanto o perdão a
reacende e a faz crescer, aquecendo o nosso coração e o coração de quem está ao
nosso lado.
(Apolonio)
«»
João morreu por dizer a
verdade que a mulher nunca tolerou, e o marido não teve a coragem de se
desdizer, quando disse à jovem bailarina que lhe dava o que pedisse ainda que
fosse metade do reino. O rei também tinha que admitir o seu próprio erro, mas
não, e João morreu degolado, na cadeia!
Que nos ajude a ser
parecidos com ele, pois as palavras que Jesus disse a seu respeito foram mais
que maravilhosas!
São João, rogai por nós!
Hermínia Nadais
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