Todas
as vezes que me aparece algo a falar sobre este tema, fascina-me!
Falar
em regresso, fascina-me! Quando o regresso é às origens, à ‘Casa do Pai’.
Humanamente
falando, onde encontraremos um filho ou filha que não desejem voltar à casa
paterna? Não encontraremos, a não ser que essa casa não lhes tenha
proporcionado nada de bom, o que não me parece muito natural!
Voltar
à casa paterna faz lembrar o Filho Pródigo, que por uma ou outra razão é a
imagem de todos nós. Mas como Deus é bom!
Vejamos
o que diz São Pedro Crisóstomo acerca desta passagem do Evangelho:
«O filho regressa a casa
do pai e exclama : «Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser
chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores.» [...] Mas o
pai acorreu, e acorreu de longe. «Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu
por nós» (Rom 5, 8). O Pai acorreu [...] na pessoa do Filho, quando por Ele
desceu do Céu à Terra. «O Pai que Me enviou está comigo», diz Ele no evangelho
(Jo 16,32). E lançou-se-lhe ao pescoço: lançou-Se a nós quando, por Cristo,
toda a sua divindade desceu do Céu e Se instalou na nossa carne. E cobriu-o de
beijos. Quando? Quando «se encontraram a compaixão e a verdade, se abraçaram a
justiça e a paz» (Sl 84,11).
Mandou trazer-lhe a melhor túnica, a túnica que Adão tinha perdido, a glória
eterna da imortalidade. Pôs-lhe um anel no dedo: o anel da honra, o título de
liberdade, o especial penhor do espírito, o sinal da fé, a caução das núpcias
celestes. Ouve o que diz o apóstolo Paulo: «Desposei-vos com um único esposo,
como virgem pura oferecida a Cristo» (2Cor 11,2). E calçou-lhe umas sandálias:
para termos os pés calçados quando anunciamos a boa nova do evangelho, a fim de
que sejam «os pés daqueles que anunciam a boa nova da paz» (Is 52,7; Rom
10,15).
Por ele mandou matar o vitelo gordo. [...] O vitelo foi morto por ordem do pai
porque Cristo, o Filho de Deus, não podia ser morto contra a vontade do Pai.
Ouve novamente o apóstolo Paulo: «Ele não poupou o seu próprio Filho, mas
entregou-O por todos nós» (Rom 8,32). »
Neste
emaranhado de ideias um pouco soltas, podemos ver claramente o que Deus/Jesus
fez e vai fazendo por cada um ou uma e nós!
Claro
que não posso acreditar que Deus todo Amor quisesse que Jesus morresse assim
tão cruelmente… mas que o aceitou, é um facto, porque nada se faz sem o Seu consentimento.
Como
és grande Senhor Deus de todos nós!
Que
consigamos amar-Vos como convém na pessoa dos irmãos e irmãs que connosco se
forem cruzando nos caminhos da vida até que todos regressemos à Casa Paterna, a
vida de Eternidade junto de Ti!
HN
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