segunda-feira, 26 de setembro de 2016

REGRESSO À CASA PATERNA!

Todas as vezes que me aparece algo a falar sobre este tema, fascina-me!
Falar em regresso, fascina-me! Quando o regresso é às origens, à ‘Casa do Pai’.
Humanamente falando, onde encontraremos um filho ou filha que não desejem voltar à casa paterna? Não encontraremos, a não ser que essa casa não lhes tenha proporcionado nada de bom, o que não me parece muito natural!
Voltar à casa paterna faz lembrar o Filho Pródigo, que por uma ou outra razão é a imagem de todos nós. Mas como Deus é bom!
Vejamos o que diz São Pedro Crisóstomo acerca desta passagem do Evangelho:
«O filho regressa a casa do pai e exclama : «Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores.» [...] Mas o pai acorreu, e acorreu de longe. «Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós» (Rom 5, 8). O Pai acorreu [...] na pessoa do Filho, quando por Ele desceu do Céu à Terra. «O Pai que Me enviou está comigo», diz Ele no evangelho (Jo 16,32). E lançou-se-lhe ao pescoço: lançou-Se a nós quando, por Cristo, toda a sua divindade desceu do Céu e Se instalou na nossa carne. E cobriu-o de beijos. Quando? Quando «se encontraram a compaixão e a verdade, se abraçaram a justiça e a paz» (Sl 84,11).
Mandou trazer-lhe a melhor túnica, a túnica que Adão tinha perdido, a glória eterna da imortalidade. Pôs-lhe um anel no dedo: o anel da honra, o título de liberdade, o especial penhor do espírito, o sinal da fé, a caução das núpcias celestes. Ouve o que diz o apóstolo Paulo: «Desposei-vos com um único esposo, como virgem pura oferecida a Cristo» (2Cor 11,2). E calçou-lhe umas sandálias: para termos os pés calçados quando anunciamos a boa nova do evangelho, a fim de que sejam «os pés daqueles que anunciam a boa nova da paz» (Is 52,7; Rom 10,15).
Por ele mandou matar o vitelo gordo. [...] O vitelo foi morto por ordem do pai porque Cristo, o Filho de Deus, não podia ser morto contra a vontade do Pai. Ouve novamente o apóstolo Paulo: «Ele não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O por todos nós» (Rom 8,32).
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Neste emaranhado de ideias um pouco soltas, podemos ver claramente o que Deus/Jesus fez e vai fazendo por cada um ou uma e nós!
Claro que não posso acreditar que Deus todo Amor quisesse que Jesus morresse assim tão cruelmente… mas que o aceitou, é um facto, porque nada se faz sem o Seu consentimento.
Como és grande Senhor Deus de todos nós!
Que consigamos amar-Vos como convém na pessoa dos irmãos e irmãs que connosco se forem cruzando nos caminhos da vida até que todos regressemos à Casa Paterna, a vida de Eternidade junto de Ti!

HN

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