A
Madre Teresa, não é de Calcutá, foi de Calcutá! Agora… não é de Calcutá, é de
todos nós, como, aliás, sempre foi, pois a forma como viveu e tudo quanto fez
ajudou-nos a todos a sermos um pouquinho melhores, se não, não estaria escrito:
“Uma alma que se eleva, eleva o mundo!”
A
Madre Teresa de Calcutá elevou o mundo, e continua a elevar, agora com muito
mais intensidade, pois pela sua Canonização foi posta à veneração de toda a
gente de todo o mundo que a pode tomar por exemplo a seguir na ajuda a quem
mais necessite, aos mais pobres de entre os pobres, de entre os pobres que
somos todos nós com as nossas fraquezas e debilidades!
Há
dias apareceu esta meditação no Evangelho Quotidiano que achei por bem
partilhar, é de São Bernardo, monge cisterciense sobre o Cântico dos Cânticos,
que diz assim:
“De entre todos os
movimentos da alma, de entre todos os sentimentos e os afetos da alma, o amor é
o único que permite à criatura corresponder ao seu Criador, senão de igual para
igual, pelo menos de semelhante para semelhante. [...] O amor do Noivo, ou
antes, o Noivo que é amor, apenas pede amor recíproco e fidelidade. Que seja,
pois, permitido à noiva corresponder a esse amor. E como poderia ela não amar,
sendo noiva, e noiva do Amor? Como poderia o Amor não ser amado? Ela tem, pois,
razões para renunciar a todos os outros afetos e para se entregar a um único
amor, uma vez que lhe foi dado corresponder ao Amor com um amor recíproco.
[...]
Mas, mesmo que ela se funda por completo no amor, o que será isso em comparação
com a torrente de amor eterno que brota da própria fonte? O fluxo não corre com
a mesma abundância daquele que ama e do Amor, da alma e do Verbo, da noiva e do
Noivo, da criatura e do Criador; não existe a mesma abundância na fonte e
naquele que vem beber à fonte. [...] Quer dizer então que os suspiros da noiva,
o seu fervor amoroso, a sua espera cheia de confiança, que tudo isso é em vão,
porque ela não pode rivalizar na corrida com um campeão (Sl 18,6), não pode
querer ser doce como o mel, terna como o cordeiro, branca como o lírio,
luminosa como sol, e tão amorosa como Aquele que é o próprio Amor? Não. Porque,
se é certo que a criatura, na medida em que é inferior ao Criador, ama menos do
que Ele, também é certo que pode amar com todo o seu ser; e, onde há
totalidade, nada falta.
É esse o amor puro e desinteressado, o amor delicado, pacífico e sincero, mútuo,
íntimo, forte, que reúne os dois amantes, não numa só carne, mas num único
espírito, de modo que eles se tornam um só, nas palavras de São Paulo: «Aquele
que se une ao Senhor constitui com Ele um só espírito» (1Cor 6,17).
O
noivo, Jesus! A noiva, a alma humana!
Linda
esta meditação! Linda e profunda, que a Madre Teresa de Calcutá levou muito a
sério!
Claro
eu somos infinitamente amados por Jesus e por muito que O amemos nada será em
relação ao amor com que nos ama, mas se O amarmos o mais eu podermos é o máximo
que poderemos fazer.
Que
bela seria a vida se vivêssemos sempre com o Amor na nossa principal
perspectiva?
Nunca
é tarde, pois Deus/Jesus chama-nos todos os dias a sermos mais unidos, solidários
e fraternos.
Que
tenhamos a coragem de corresponder às Suas expectativas, numa vida mais humana
e humanizante a exemplo da Santa Madre Teresa de Calcutá.
HN
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