segunda-feira, 5 de setembro de 2016

MADRE TERESA de Calcutá

A Madre Teresa, não é de Calcutá, foi de Calcutá! Agora… não é de Calcutá, é de todos nós, como, aliás, sempre foi, pois a forma como viveu e tudo quanto fez ajudou-nos a todos a sermos um pouquinho melhores, se não, não estaria escrito: “Uma alma que se eleva, eleva o mundo!”
A Madre Teresa de Calcutá elevou o mundo, e continua a elevar, agora com muito mais intensidade, pois pela sua Canonização foi posta à veneração de toda a gente de todo o mundo que a pode tomar por exemplo a seguir na ajuda a quem mais necessite, aos mais pobres de entre os pobres, de entre os pobres que somos todos nós com as nossas fraquezas e debilidades!
Há dias apareceu esta meditação no Evangelho Quotidiano que achei por bem partilhar, é de São Bernardo, monge cisterciense sobre o Cântico dos Cânticos, que diz assim:
“De entre todos os movimentos da alma, de entre todos os sentimentos e os afetos da alma, o amor é o único que permite à criatura corresponder ao seu Criador, senão de igual para igual, pelo menos de semelhante para semelhante. [...] O amor do Noivo, ou antes, o Noivo que é amor, apenas pede amor recíproco e fidelidade. Que seja, pois, permitido à noiva corresponder a esse amor. E como poderia ela não amar, sendo noiva, e noiva do Amor? Como poderia o Amor não ser amado? Ela tem, pois, razões para renunciar a todos os outros afetos e para se entregar a um único amor, uma vez que lhe foi dado corresponder ao Amor com um amor recíproco. [...]
Mas, mesmo que ela se funda por completo no amor, o que será isso em comparação com a torrente de amor eterno que brota da própria fonte? O fluxo não corre com a mesma abundância daquele que ama e do Amor, da alma e do Verbo, da noiva e do Noivo, da criatura e do Criador; não existe a mesma abundância na fonte e naquele que vem beber à fonte. [...] Quer dizer então que os suspiros da noiva, o seu fervor amoroso, a sua espera cheia de confiança, que tudo isso é em vão, porque ela não pode rivalizar na corrida com um campeão (Sl 18,6), não pode querer ser doce como o mel, terna como o cordeiro, branca como o lírio, luminosa como sol, e tão amorosa como Aquele que é o próprio Amor? Não. Porque, se é certo que a criatura, na medida em que é inferior ao Criador, ama menos do que Ele, também é certo que pode amar com todo o seu ser; e, onde há totalidade, nada falta.
É esse o amor puro e desinteressado, o amor delicado, pacífico e sincero, mútuo, íntimo, forte, que reúne os dois amantes, não numa só carne, mas num único espírito, de modo que eles se tornam um só, nas palavras de São Paulo: «Aquele que se une ao Senhor constitui com Ele um só espírito» (1Cor 6,17).
O noivo, Jesus! A noiva, a alma humana!
Linda esta meditação! Linda e profunda, que a Madre Teresa de Calcutá levou muito a sério!
Claro eu somos infinitamente amados por Jesus e por muito que O amemos nada será em relação ao amor com que nos ama, mas se O amarmos o mais eu podermos é o máximo que poderemos fazer.
Que bela seria a vida se vivêssemos sempre com o Amor na nossa principal perspectiva?
Nunca é tarde, pois Deus/Jesus chama-nos todos os dias a sermos mais unidos, solidários e fraternos.
Que tenhamos a coragem de corresponder às Suas expectativas, numa vida mais humana e humanizante a exemplo da Santa Madre Teresa de Calcutá.

HN 

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