domingo, 14 de abril de 2019

CRISTO... O PEDAGOGO DE TODAS AS VIDAS!


 
Muitas vezes, indiretamente! Mas, de facto, Jesus Cristo é o pedagogo de todas as vidas, sem exceção! Cristo é Palavra de Deus encarnada e Deus como o Pai. Deus encarnado, mas Deus! E nada acontece sem que a mão de Deus esteja por perto, sem que Deus deixe que aconteça!
Muitas vezes nos perguntamos porquê, porque acontece isto... ou aquilo... ou aqueloutro! Ficamos perplexos e sem perceber... mas Deus sabe porquê! Sabe porquê, e como encaminhar as coisas pelo melhor para todos, ainda que o não pensemos. Deus só quer o bem dos homens e mulheres que ama tão intensamente que nem sequer poderemos calcular o amor que nos tem.
Basta sabermos que a Sua Justiça é Perdão e Misericórdia! E se é Perdão e Misericórdia, só ficará afastado de Deus quem não aceitar a Sua Misericórdia e o Seu Perdão! E esta forma de pensar e crer, dá-nos uma imensa paz em relação a quem parte antes de nós para a eternidade. A Saudade fica, e dói demais, mas é a saudade e a esperança de um dia os reunirmos de novo junto do Eterno Pai que nos mantém de pé.
«»
 Sem São Clemente de Alexandria (150-c. 215) teólogo
O Pedagogo, I, 12, 17; SC 70
O papel de Cristo, nosso Pedagogo, é, como o nome indica, o de conduzir as crianças. Resta avaliar a que crianças quer a Escritura referir-se, e depois dar-lhes o Pedagogo. As crianças somos nós. A Escritura celebra-nos de diferentes formas, serve-se de imagens diversas para nos designar, colorindo com muitos tons a simplicidade da fé. Diz o Evangelho que o Senhor Se apresentou na margem e Se dirigiu aos seus discípulos que tinham estado a pescar, dizendo: «Rapazes, tendes algum peixe que se coma?» (Jo 21,4-5) Era aos discípulos que Ele chamava «rapazes». «Apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas. Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: "Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus".» O próprio Senhor esclarece o sentido destas palavras dizendo: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no reino dos Céus» (Mt 18,3). E não está a falar da regeneração, mas a propor-nos que imitemos a simplicidade das crianças. [...]
Pode-se realmente considerar que aqueles que só conhecem Deus como Pai – que são como recém-nascidos, simples e puros – são como crianças. [...] São seres que progrediram no Verbo, que Ele convida a desligarem-se das preocupações deste mundo, para escutarem apenas o Pai, imitando as crianças. É por isso que lhes diz: «Não vos preocupeis com o dia de amanhã. Basta a cada dia o seu trabalho» (Mt 6,34), exortando-nos a distanciarmo-nos dos problemas deste mundo, para nos dedicarmos apenas ao nosso Pai. Aquele que pratica este mandamento é um verdadeiro recém-nascido, uma criança para Deus e para o mundo, pois este considera-o um ignorante e Aquele um alvo da sua ternura.
«»
Eterno Pai... para quem seremos sempre crianças, ávidas de saber, de crescer, de descobrir cada vez mais e melhor o Amor desmedido que tem por todos nós!
E para aprender a bem viver, nada melhor do que aproveitar as doçuras ou asperezas da vida que Deus vai acompanhando carinhosamente, assim o queiramos e nos esforcemos por isso!
Jesus Cristo, pedagogo de todas as vida... que sempre seja louvado!
HN

Sem comentários: