Sermão 95, 2-3: PL 54, 461-462
sexta-feira, 12 de abril de 2019
POBRES... DE ESPÍRITO!
Fala-se muito em pobreza... mas
talvez não tanto nem como se deveria falar!
Há pessoas que odeiam ou olham
mal para outras por terem mais bens materiais do que elas!
Um puro engano! Uma ilusão! Uma
loucura!
Ricos ou pobres, temos de
aprender a viver apenas com o necessário, pois quem aprende a viver com pouco,
é feliz com pouco porque pouco lhe basta!
Depois... há uma outra situação
muito importante que anda muitas vezes esquecida, é que a grandeza das pessoas
não tem nada a ver com a riqueza que possuem, mas com a forma como administram essas
riquezas!
Desde sempre ouve ricos e
pobres, materialmente falando, e muitos pobres com ideias de ricos e muitos
ricos com ideias de pobres.
Pareço louca, mas não o estou! Os
pobres com ideias de ricos são aqueles que, possuindo um poucochinho, se
vangloriam do pouco que têm vivendo muitas vezes além das suas posses para
mostrar que, realmente, são ricos, enquanto há verdadeiramente ricos que, sem
se vangloriarem das suas riquezas, vivem com o necessário e se preocupam com
quem tem menos do que eles, ajudando-os, partilhando o que lhes sobra,
ensinando-os a trabalhar com honestidade e a utilizar bem os dividendos que
conseguem usufruir.
Vamos ver o que nos diz a
meditação seguinte:
«»
São Leão Magno (?-c. 461) papa, doutor da Igreja
Sermão 95, 2-3: PL 54, 461-462
Sermão 95, 2-3: PL 54, 461-462
Quando Jesus declara:
«Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5,3), está a mostrar-nos que o
Reino dos Céus será dado mais à humildade do coração que à ausência de riquezas.
Mas não há dúvida de que os pobres obtêm mais facilmente este bem do que os
ricos, porque a pobreza de uns fá-los tender mais para a bondade e a riqueza
dos outros condu-los mais à arrogância. Contudo, há muitos ricos que possuem
este espírito que coloca a abundância ao serviço, não do seu prestígio, mas das
obras de benevolência; para esses, o maior ganho consiste em gastarem os seus
bens a aliviar a miséria e a dor de outros. Assim pois, a humildade de coração
não é distribuída de forma igual pelos homens de todas as condições; os homens
podem ter as mesmas disposições sem ter a mesma fortuna. Independentemente da
desigualdade dos seus bens terrenos, não há distância entre aqueles que são
iguais ao nível dos bens espirituais. Feliz, pois, a pobreza que não deseja
aumentar as suas riquezas neste mundo, mas aspira a enriquecer com os bens
celestes.
«»
O pobre de espírito sabe que os
bens deste mundo para nada lhes irão servir, pois uma vez passados à vida
eterna, deixam cá todos esses bens que possuem, pois os únicos que nos
acompanharão sempre são o desprendimento das coisas do mundo e o apego à
assistência a quem necessita de algo que possuímos, que pode ser dinheiro ou
outros bens, mas apenas carinho, consolo, atenção, compreensão, acompanhamento,
um sorriso, uma palavra de conforto... tudo quanto se possa chamar atos de Caridade
e Amor, pois foi para isso que fomos criados!
Que o Espírito Santo nos ajude
a sermos ricos de Amor Verdadeiro, que tudo supera e tudo suporta, Amém!
HN
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