Esta luz pequenina está
bem no fundo de uma embalagem de plástico. Também pequena. E onde se aglomera
uma quantidade de cera bem consistente, pois a pequenez da luz não a consegue
derreter!
Olho para aquela luz e
fico triste. Não é de uma luz assim que eu gosto para estar na frente dos quadros
dos meus mais queridos que já partiram para a Casa do Pai. Sei que há embalagens
de cera que dão luzes maiores, que me ajudam a olhar as carinhas, de noite,
aquelas carinhas que até parece que sorriem para mim. Mas não sei onde as
encontrar.
Então… deu-me para
pensar na vida… tão parecida com aquela luz, pequenininha, feita de atitudes
bem simples, singelas, pobres e humildes… e é com estas atitudes assim que me
sinto realizada e feliz!
Atitudes tão simples que
não dão para ninguém apreciar, mas que Deus, que nunca me deixa só, vê
claramente, e bem melhor do que eu.
Sonhos grandes… claro
que os tenho… é certo que já os tive maiores. Os meus setenta e cinco já me dizem
para ter calma com os sonhos que sejam difíceis de realizar. E tenho que lhes
dar muita atenção.
Mas… aquela luz
pequenina… aquele brilho suave e doce… bastará para acender uma enorme chama, é
só chegar-lhe bem perto algo que a produza.
Que a Luz da Fé, ainda
que pequenina, nunca se apague na nossa consciência, no nosso sentir, no nosso
querer, na nossa alma e no nosso coração. E aos pouquinhos… enquanto a luzinha
da vela, com o tempo, se apagará, a Luz da Fé, com as tempestades da vida, a
força de vontade, o querer, a paciência, a dádiva, o encontro, o estudo, a
oração, a união aos irmãos, tornar-se-á num enorme fogo abrasador!
Que o Espírito Santo nos
fortaleça e aconchegue!
Hermínia Nadais
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