Começa hoje a Semana de
Oração pela Unidade dos Cristãos, um tempo maravilhoso que devemos aproveitar
para pedir ao Senhor que vivamos cada vez mais unidos de alma e coração bem
voltados para Ele.
Ao olhar para os textos
guardados para reflexão, decidi partilhar o que se segue:
«»
“de” São Paulo VI - Homilia
no Dia Mundial dos Leprosos, 29/01/78
«Jesus, compadecido,
estendeu a mão e tocou-lhe»
O gesto afetuoso de
Jesus, que Se aproxima dos leprosos para os reconfortar e curar, tem a sua
expressão plena e misteriosa na sua Paixão. Torturado e desfigurado pelo suor
de sangue, pela flagelação, pela coroação de espinhos, pela crucifixão,
abandonado por aqueles que esqueceram o bem que Ele lhes tinha feito, na sua
Paixão, Jesus identifica-Se com os leprosos, tornando-se sua imagem e símbolo,
como o profeta Isaías intuíra ao contemplar o mistério do Servo do Senhor:
«Vimo-lo sem beleza nem formosura, desprezado e evitado pelos homens, como
homem [...] diante de qual se tapa o rosto. [...] Nós o reputávamos como um
leproso, ferido por Deus e humilhado» (Is 53,2-4). Mas é precisamente das
feridas do corpo torturado de Jesus e do poder da sua ressurreição que brotam a
vida e a esperança para todos os homens, atingidos pelo mal e pela enfermidade.
A Igreja sempre foi fiel
à sua missão de anunciar a palavra de Cristo, unida a gestos concretos de
misericórdia solidária para com os mais humildes, para com os últimos. Ao longo
dos séculos, tem havido um crescendo de dedicação impressionante e
extraordinária às pessoas afetadas pelas doenças humanamente mais repugnantes.
A história põe claramente em evidência que os cristãos foram os primeiros a
preocupar-se com o problema dos leprosos. O exemplo de Cristo fez escola, e deu
muitos frutos em atos de solidariedade, de dedicação, de generosidade e de
caridade desinteressada.
«»
Ainda bem que Jesus
deita a mão a quem necessita de qualquer ajuda!
Se Jesus pareceu leproso
nas rebeldias que fizeram ao Seu Sacratíssimo Corpo aquando da Sua Paixão… leprosos… somos todos nós! Não leprosos do corpo, mas
do espírito! Cheios de hábitos e vícios dos quais muitas vezes desconhecemos o
quanto maus são para nós e para quem connosco convive!
Na caminhada da vida
vamos concertando o mal que conseguimos descobrir em nós mesmos… mas somos tão
complicados que inúmeras vezes temos dificuldade em nos reconhecermos tal qual
somos. E neste caso, acabámos por culpar os outros de culpas que são nossas, e
de mais ninguém!
Que o Espírito Santo do Senhor
nos conceda o Dom da Sabedoria, para podermos caminhar sem vacilar pelo caminho
que tiver determinado para nós!
Que o Senhor nos proteja
e São Paulo nos ajude!
Hermínia Nadais
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