Era uma vez uma árvore gigante numa pequena floresta!
Os pássaros, à sua volta, voavam sem
cessar! Mas dificilmente poisavam nos seus ramos, talvez, devido à sua enorme fortaleza
que não deixava que as folhas preenchessem os raminhos pequenos onde os
passarinhos gostam de poisar… rodopiar… bicar… procurar algo que os encante,
outros passarinhos com quem se divertir!
Nunca ninguém tinha visto algo parecido
numa qualquer árvore… árvore que os humanos queriam golpear e fazer dela um
montão de achas para animar o calor de muitas fogueiras!
Ao pressentir que iria ser despedaçada e
queimada… e desgostosa de sentir tanto abandono dos queridos passarinhos,
começou a deixar cair algumas gotas do seu interior, como que dizendo que seu coração
estava ferido de tanta amargura e dor!
Então, verificando o acontecimento, os
passarinhos, encantados, decidiram provar as lágrimas da árvore. Primeiro um,
depois outro, e mais outro… e outro… e sem se saber porquê, começaram a
juntar-se em enormes bandos sobrevando-a, bebendo do seu sumo, poisando nos seus ramos, enchendo-a dos mais doces carinhos,
o que chamou a atenção de toda a gente que logo desistiu de lhe tirar a vida!
E foi assim que, na maior agonia,
deixando humildemente as lágrimas caírem de si, que a maior árvore da floresta
conseguiu sobreviver e apelar às outras árvores para que se esforçassem para
serem grandes como ela!
Cada um… é… como é… grande ou pequeno… como
nasceu e cresceu, mas a humildade é urgente em qualquer vida para que possa ser
muito bem querida!
Hermínia
Nadais
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