Páscoa é
passagem! E a nossa vida é uma permanente passagem pelo mundo onde fomos colocados,
e é nessa passagem permanente, com comportamentos mais ou menos dignificantes,
que vamos aprendendo a ser, homens ou mulheres, no pleno sentido da palavra,
cada qual do seu jeito e conforme as suas aptidões inatas ou adquiridas, com muitas
quedas e ressurgimentos, sempre com a ajuda de Deus, visível para nós no Seu amado
Filho Nosso Senhor Jesus Cristo, que a Si mesmo se diz Caminho, Verdade e Vida,
e que, na realidade, é o maior e mais sublime exemplo de vida para todos nós.
Depois da
Sua Apresentação no Templo, em bebé, e de ter ficado, em adolescente,
dialogando com os doutores da lei enquanto Seus Pais, de regresso a casa depois
das festas da Páscoa, se aperceberam da Sua ausência e partiram aflitos à Sua
procura até O encontrar, nada se sabe sobre a Sua vida.
Pensa-se
que foi carpinteiro como S. José, e que ficou solteiro apelando a guarda de Sua
mãe já viúva, mas tudo isso é especulativo. Jesus era homem, e como homem que
era, impreterivelmente, teve que passar, livremente, por tudo o que um homem
passa: aprender a falar, caminhar, comer, beber, brincar, trabalhar, estudar,
conviver, gostar das pessoas, amar, ter amigos, ajudar os outros, ser
solidário, e rezar! Com toda a certeza que Ele rezava muito! E lia muito as Sagradas
Escrituras, pois conhecia-as com todos os pormenores.
Não tenho
dúvidas! Se Ele quis nascer como nós, teve que fazer o mesmo percurso que todos
nós temos de fazer. E como foi sempre muito perfeito em tudo o que fazia, manteve-Se
sempre em contacto muito íntimo com Deus, descobrindo n’Ele o Seu verdadeiro Pai;
e pelo que, minuciosamente, conhecia das escrituras, cada vez se ia
identificando mais com o messias prometido aos judeus.
Nós temos
a tentação de pensar que Jesus sabia tudo porque era Deus. E como Deus, claro
que sabia… mas Ele quis fazer-se homem, e como homem, tinha de aprender tudo,
era a única forma de ser exemplo para nós.
Como terá
Ele vivido na Sua vida oculta?
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