segunda-feira, 14 de abril de 2014

A SACRALIDADE DO MATRIMÓNIO




 Numa das passadas quartas feiras, a audiência papal versou sobre o Sacramento do Matrimónio, o que achei deveras importante, pelo que decidi partilhar algumas das expressões do Papa Francisco, retiradas de Zenit:



“O sacramento do matrimónio está enraizado na criação do mundo e na aliança entre o homem e Deus (cf. Gn 1,27; 2, 24).

"Fomos criados para amar, como um reflexo de Deus e do seu amor. E na união conjugal, o homem e a mulher realizam esta vocação no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva”.

A celebração do matrimónio entre um homem e uma mulher, é algo em que Deus, de alguma forma se “espelha” e imprime nos esposos “os próprios traços e o caráter indelével do seu amor”.

A imagem de Deus, portanto, não é reflexa no homem e na mulher, cada um diferente do outro, mas na “aliança entre o homem e mulher” que são “criados para amar” e cuja união conjugal realiza tal vocação “no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva”.

Mesmo na Santíssima Trindade, de fato, encontra-se o amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo que "vivem desde sempre em uma unidade perfeita”. Da mesma forma o “mistério do Matrimónio” é Deus que faz dos dois esposos “uma só existência” ou, como diz a Bíblia, “uma só carne”.

Centra-se no "mistério” do matrimônio também São Paulo que nos lembra como a relação estabelecida por Cristo com a Igreja seja “delicadamente nupcial” (cf. Ef 5,21-33). Isso significa que o matrimónio "responde a uma vocação específica e deve ser considerado como uma consagração (cf. Gaudium et spes, 48; Familiaris Consortio , 56)".

A união entre homem e mulher é uma verdadeira "consagração" em nome do “seu amor” e “por amor”. “Os esposos, de fato, em virtude do Sacramento, são investidos por uma verdadeira e própria missão, para que possam tornar visíveis, a partir das coisas simples, ordinárias, o amor com o qual Cristo ama a sua Igreja, continuando a doar a vida por ela, na fidelidade e no serviço”.

No matrimónio “o verdadeiro vínculo é sempre com o Senhor” e este vínculo é fortalecido “quando o esposo ora pela esposa e a esposa ora pelo esposo”. Mesmo com todas as dificuldades que a vida matrimonial traz - dificuldades económicas e laborais, nervosismo, brigas - "não devemos ficar tristes com isso".

"A condição humana é assim. Mas o segredo é que o amor é mais forte do que as brigas. E é por isso que eu aconselho aos esposos, sempre, que nunca terminem um dia em que tenham brigado sem fazer as pazes. Sempre!”.

Outras vezes eu disse nesta Praça uma coisa que ajuda tanto a vida matrimonial. São três palavras que devem ser ditas sempre, três palavras que devem estar em casa: com licença, obrigado e desculpa. As três palavras mágicas.

Com estas três palavras, com a oração do esposo pela esposa e vice-versa, com fazer as pazes sempre antes que termine o dia, o matrimônio seguirá adiante. As três palavras mágicas, a oração e fazer as pazes sempre.”


Que sempre no casamento/matrimónio o amor seja mais forte do que as brigas e a compreensão maior do que as discórdias! Que o Senhor nos ajude!

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