terça-feira, 12 de julho de 2016

ONDE ESTIVER O TEU TESOURO…


O meu tesouro está no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Não no Evangelho pregado… mas no vivido por Ele há dois mil e tal anos.
Um Evangelho vivo, encarnado, que fala sem palavras porque se expressa em atitudes!
Claro que, para isso, temos de interiorizar muito bem as páginas dos evangelhos, mas certos de que foram escritos por homens de uma determinada época e com uma cultura muito específica!
Claro que Deus/Jesus, no comando de todas as operações, vai levando os homens a compreender e pregar o melhor para toda a humanidade numa determinada época e cultura, pelo que temos de estar muito atentos aos sinais dos tempos, porque é neles que Deus melhor nos fala.
Uma palavrinhas que já não sei de onde vieram, mas que me fizeram muito bem:
“A radicalidade do evangelho está em pensar como Jesus pensava, taxar e valorizar as coisas como Ele fazia, trabalhar como Ele trabalhou e amar como Ele amou, adorar como Ele adorava, chorar e perdoar como Ele fazia, morrer como Ele morria para ressuscitar. A radicalidade evangélica é triple: a disponibilidade a Deus sem condições; a entrega a Deus sem contemplações, e a vida consequente e sem exceções. É a exigência de Jesus aos seus, aos cristãos. Esta radicalidade se concretiza na vivência dos mandamentos, na moral matrimonial, na moral sexual e na doutrina social da Igreja. Quem não entender esta radicalidade, sempre estará pondo “almofadas” às exigências de Cristo e tentará aguar a radicalidade evangélica. Quem se entregar a esta radicalidade, será livre no seu interior, sobretudo será livre do egoísmo e viverá segundo o Espírito.”
Pois! São muito belas estas palavras! São preciosas!
Mas não nos vamos ficar por aqui, mas ler mais estas de São Cesário de Arles:
X
“«Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração.»
Deus aceita as nossas ofertas de dinheiro e apraz-Lhe que demos esmola aos pobres, mas com a condição de que todo o pecador, quando oferecer a Deus o seu dinheiro, Lhe ofereça também a sua alma. [...] Quando o Senhor ordena: «Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus» (Mc 12,17), o que quer dizer é: «Tal como dais a César, nas moedas de prata, a sua imagem em efígie, dai também a Deus, em vós mesmos, a imagem de Deus» (cf Gn 1,26). [...]
Assim, e como já bastas vezes dissemos, quando distribuirmos dinheiro aos pobres, ofereçamos a nossa alma a Deus, de forma que, onde estiver o nosso dinheiro, possa também estar o nosso coração. De facto, porque nos pede Deus que demos dinheiro? Seguramente porque sabe que lhe temos um apreço especial e não deixamos de pensar nele; e porque sabe que, onde tivermos o dinheiro, teremos também o coração. Eis por que motivo nos exorta a construir tesouros no céu através de dádivas feitas aos pobres: para que o nosso coração vá até onde tivermos enviado o nosso tesouro, de tal maneira que, quando o sacerdote disser: «Corações ao alto», possamos responder de consciência tranquila: «O nosso coração está em Deus».
E esta? Não estavam à espera? Eu também não!
Mas que o Bispo São Cesário de Arles tinha razão... lá isso tinha!

Sejamos misericordiosos... bem ao jeito do Pai expresso em Jesus!

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