sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"Família, torna-te naquilo que és"...



 O dia de ontem foi imenso, com vivências muito fortes, com um matar saudades de alguém que há muito não via nem ouvia! Foi, de facto, um dia da Assunção de Nossa Senhora cheio de calor humano e muita satisfação!
Hoje, fui ver o que diz a equipa do Evangelho Quotidiano que acho muito importante dadas as dificuldades por que a família atualmente está a atravessar. A família, que sempre foi, é, e continuará a ser o suporte da sociedade, sempre foi e continuará a ser um mistério e uma caixinha de surpresas para todos nós! Urge tentar compreender e ir sempre cada vez mais fundo nos conhecimentos que dela podermos usufruir. Por isso, hoje resolvi pensar mais seriamente no que é a família e nos problemas familiares, pelo que passo a transcrever, na íntegra,  a mensagem do Evangelho Quotidiano:

"Evangelho segundo S. Mateus 19,3-12.

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus para O porem à prova e disseram-Lhe: «É permitido a um homem divorciar-se da sua mulher por qualquer motivo?»
Ele respondeu: «Não lestes que o Criador, desde o princípio, fê-los homem e mulher,
e disse: Por isso, o homem deixará o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e serão os dois um só?
Portanto, já não são dois, mas um só. Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.»
Eles, porém, objectaram: «Então, porque é que Moisés preceituou dar-lhe carta de divórcio, ao repudiá-la?»
Respondeu Jesus: «Por causa da dureza do vosso coração, Moisés permitiu que repudiásseis as vossas mulheres; mas, ao princípio, não foi assim.
Ora Eu digo-vos: Se alguém se divorciar da sua mulher excepto em caso de união ilegal e casar com outra, comete adultério.»
Os discípulos disseram-lhe: «Se é essa a situação do homem perante a mulher, não é conveniente casar-se!»
Respondeu-lhes Jesus: «Nem todos compreendem esta linguagem, mas apenas aqueles a quem isso é dado.
Há eunucos que nasceram assim do seio materno, há os que se tornaram eunucos pela interferência dos homens e há aqueles que se fizeram eunucos a si mesmos, por amor do Reino do Céu. Quem puder compreender, compreenda.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 99; PL 52,477

«Grande é este mistério» (Ef 5,32)



«Nem a mulher é separável do homem, nem o homem da mulher, diante do Senhor», diz o apóstolo Paulo (1Cor 11,11) […]. O homem e a mulher caminham juntos para o Reino. Sem os separar, Cristo chama simultaneamente o homem e a mulher, que Deus uniu e que a natureza liga, dando-lhes a partilhar os mesmos gestos e as mesmas tarefas, num acordo admirável. Pelo laço do casamento, Deus faz que dois seres sejam um apenas e que um seja dois, de maneira que cada um descubra um outro eu, que não perde a sua singularidade nem se confunde no casal.
Mas por que razão, nas imagens que nos dá do seu Reino, Deus faz que intervenham desta maneira a mulher e o homem? (cf Lc 13,18.21). Porque nos sugere tanta grandeza servindo-Se de exemplos que podem afigurar-se-nos fracos e desproporcionados? Irmãos, um precioso mistério se esconde sob esta pobreza. Nas palavras do apóstolo Paulo: «Grande é este mistério: […] mas eu interpreto-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5,32).

Tais parábolas evocam o maior projecto da humanidade: o homem e a mulher puseram fim ao processo do mundo, processo que durava há séculos. Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos, da árvore do conhecimento do bem e do mal, ao fogo […] do Evangelho […]. Suas bocas, doentes com o fruto da árvore envenenada, sararão com o sabor caloroso da árvore da salvação; árvore com sabor a fogo, que inflama a consciência gelada pela árvore de outrora. Agora, a nudez perde efeito, já não causa vergonha: o homem e a mulher estão completamente cobertos de perdão."

Que o "Família, torna-te naquilo que és", seja a meta que ardentemente desejemos atingir, e que a Sagrada Família de Nazaré nos ajude a viver em família, como Deus quer e como desejamos para podermos ser minimamente felizes!

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