terça-feira, 10 de junho de 2014
QUE ME DAREIS SE VOS ENTREGAR JESUS
No fim
do Tempo Pascal, será bom pensar no momento em que começou a Paixão, com a traição
de Judas Escariotes quando disse aos líderes do Sinédrio: “Que me dareis se vos
entregar Jesus?”
Jesus
foi entregue, mas antes que o fosse de sempre aceitou essa entrega em plena
liberdade como Ele próprio disse: “Eu dou a minha vida… Ninguém a tira de mim;
eu a dou por mim mesmo. Eu tenho poder para entregá-la e autoridade para
tomá-la novamente”(Jo 10,17-18).
Foi com
a traição de Judas que Jesus começou o caminho da humilhação e defraudação que percorreu
até ao fim sofrendo a pior e mais infame das mortes, a morte de cruz.
Todo o
mal que acontece no mundo, o sofrimento e a morte, são muito dolorosos para nós,
principalmente se se trata de crianças ou pessoas inocentes.
Disse o
Papa Francisco: “Esperamos que Deus, em
Sua omnipotência, derrote a injustiça, o mal, o pecado e o sofrimento com uma
vitória divina triunfante. Em vez disso, Deus nos mostra uma vitória humilde
que parece humanamente um fracasso. Podemos dizer que Ele vence no fracasso. O
Filho de Deus, de fato, parece na cruz um homem derrotado: sofre, é traído,
caluniado e, por fim, morre. Mas Jesus permite que o mal esteja sobre Ele;
assim, o toma para si e o vence. Sua Paixão não é um acidente; sua morte –
aquela morte – foi “escrita”. Realmente, não encontramos muitas explicações. É
um mistério desconcertante, o mistério da grande humildade de Deus: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único” (Jo 3, 16).
È urgente
pensar muitas vezes na Paixão de Jesus e pensar: “Mesmo que eu fosse a única
pessoa no mundo, Ele o teria feito por mim. Obrigado Jesus.”
A
ressurreição de Jesus é “a intervenção de Deus Pai quando a esperança humana
estava perdida”.
Continua
Francisco: “Jesus, que escolheu passar
por esse caminho, nos chama a segui-Lo no mesmo caminho de humilhação. Quando
em determinados momentos da vida encontramos alguma saída para nossas
dificuldades, quando nos afundamos na escuridão mais espessa, é o momento da
nossa humilhação e espoliação total, a hora em que nós experimentamos que somos
fracos e pecadores. É próprio, neste momento, que não devemos mascarar o nosso
fracasso, mas nos abrir, com confiança, à esperança em Deus, como fez Jesus.”
Quantas
vezes a amargura nos afronta a vida! E mesmo sabendo da presença de Deus em
toda a nossa existência quase desesperamos! Que a Paixão de Jesus que antecede o
Tempo Pascal esteja sempre presente na nossa vida, para que, por amor a Deus e
aos irmãos, possamos aguentar melhor as diversidades.
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