terça-feira, 11 de agosto de 2015

MUITO DIFÍCIL...



É muito difícil passar sem este menino bonito.
Parece mesmo que nada mais me preenche esta sede de deitar para aqui tudo o que considero mais importante neste Eu... e o meu mundo onde se vão desenrolando os meus dias.
Eu bem que tenho tentado... mas tudo o que me é mais interior... foge-me sempre para aqui.
O ser humano não é só corpo, tem sentimentos, afectos, vontade... coração... alma... espírito... pois se assim não fosse a sua semelhança com Deus seria incompreensível, e é esta parte que me foge para aqui.
O viver biológico tem de estar bem coordenado com outras formas de vida que eu não consigo ainda compreender capazmente, continuo a andar à procura!
Deus criou-nos aqui destinados aonde só Ele sabe, e para sermos verdadeiramente humanos teremos de atender a tudo quanto somos na realidade, visível aos olhos e invisível aos olhos mas sensível ao coração. Até porque é do coração que brota a alegria ou tristeza, a satisfação ou infelicidade, a realização pessoal ou o desânimo.
Somos pessoas cheias das mais diversas fomes das quais a melhor de saciar é mesmo a de pão físico de água e farinha, ou seja, a alimentação que nos faz conservar a vida do corpo restaurando as suas forças.
Achei deveras interessante o final de uma exposição do Padre António Riviero:
“…assim como o pão material nos faz crescer no corpo, assim também o Pão da Eucaristia, que é Cristo mesmo, faz-nos crescer em virtudes. Crescemos para cima, para uma visão sobrenatural, superando a visão rasteira e humana. Crescemos para os lados, estendendo as nossas mãos para ajudar os demais, superando o nosso egoísmo e o nosso fechamento. Crescemos para dentro, para poder ter em nós os mesmo afetos e sentimentos de Cristo Jesus. Não somos nós que assimilamos Cristo, mas é Cristo quem nos assimila, dir-nos-á Santo Agostinho. E nos faz crescer, até alcançar a sua estatura, como diz São Paulo na carta aos Efésios…”
E continua:
Desejo esse Pão que é Cristo, ou me conformo com outros pães que o mundo me oferece? Contento-me com assistir passivamente a missa ou também me imolo interiormente com Cristo para a vida do mundo? Sou pão terno que me ofereço aos meus irmãos mediante a entrega generosa, a disponibilidade sem medida, a escuta atenta? O que procuro em Deus: só as soluções a problemas materiais e humanos? Ou também busco soluções para os meus problemas espirituais?”
Esta está muito boa não está? Uma meditação a não perder!
Muito difícil... abandonar o meu menino bonito.vou evitar imagens, ou tirar algumas, a ver se o torno um pouco mais leve para poder continuar aqui!

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