quinta-feira, 27 de agosto de 2015

NUNCA SERÁ DEMAIS...



Nunca será demais falar sobre a Sagrada Eucaristia.
Gosto muito das meditações apresentadas pela Padre António Riviero!
Quanto à Sagrada Eucaristia, vou escrever eu para quê?
Leiamos com muita atenção o que ele nos diz no respeitante à Eucaristia banquete que nos une a Jesus Cristo na comunhão:
…” não é qualquer comida, mas comida celestial. Para esta comida são convidados todos sem exceção, como diz São Francisco de Sales: “os perfeitos para não decair; os imperfeitos, para aspirar à perfeição; os fortes para não enfraquecerem; os fracos para se robustecerem; os doentes para se curarem; os sãos para não se enfermem” (Introdução à vida devota, II, 21). Logicamente com as devidas disposições.
Em primeiro lugar, valorizemos este aspecto da Eucaristia como banquete que nos une a Cristo. Banquete sagrado da comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor. Mediante a comunhão, Cristo entra em comum união íntima connosco. Faz-nos participes da sua vida divina. Somos contemporâneos da Última Ceia. Conserva, aumenta e renova a vida de graça recebida no batismo. Separa-nos do pecado. Apaga os pecados veniais. Preserva-nos dos pecados futuros. E nos dá o penhor da glória futura, como já vimos. A aspiração à comunhão com Deus está presente em todas as religiões. A partir daí os sacrifícios e comidas sagradas nas que se considera que Deus compartilha algo com o homem. Esses sacrifícios do Antigo Testamento preparam já esse desejo do homem de entrar em comunhão com Deus. Foi Cristo quem encheu esse desejo do homem. Com a sua Encarnação, Cristo compartilhou a nossa natureza humana para fazer-nos participes da sua natureza divina. Foi na Eucaristia onde Deus concretizou e fez realidade este desejo do homem. De uma maneira plástica São João Crisóstomo diz: “Temos que beber o cálice como se puséssemos os lábios no lado aberto de Cristo”.
Em segundo lugar, que efeitos produz, pois, esta comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo em nós? Efeito cristológico: incorpora-nos a Cristo, aumentando a graça e concedendo-nos o perdão dos pecados veniais. Efeito eclesiológico: une-nos à Igreja, corpo místico de Cristo, pois a Eucaristia simboliza a unidade da Igreja; mais ainda, constrói e edifica a Igreja como nos diz Santo Agostinho e nos recordou São João Paulo II na sua encíclica sobre a Eucaristia. Efeito escatológico: a Eucaristia é o banquete do Reino, inaugurado por Cristo e que se consumará de forma definitiva no céu. A Eucaristia é figura do banquete celestial. A Eucaristia antecipa o gozo do banquete futuro. A comunhão é o germe e o remédio de imortalidade, como nos disse Santo Inácio de Antioquia.
Finalmente, agora bem, para entrar neste banquete se necessitam umas condições. Primeiro, fé, pois a Eucaristia é um mistério de fé. Vemos, saboreamos e tocamos pão; mas já não é pão, senão o Corpo Sacratíssimo de Cristo e o Sangue bendito de Cristo. “Não te perguntes se isto é verdade, mas acolhe melhor com fé as palavras do Senhor, porque Ele, que é a Verdade, não mente” (Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae III, 75, 1). Segundo, humildade, para reconhecermo-nos famintos e necessitados desse Pão de vida eterna. Quem estiver farto e cheio dos manjares terrenos, dificilmente terá fome deste manjar celestial. Terceiro, com a alma limpa de pecado grave. A alma em graça é o traje de festa que pedia Jesus (cf. Mt 22,11). São João Crisóstomo diz: “Se te aproximares bem purificado, recebes grande beneficio; se te aproximares manchado de culpa, fazes-te merecedor da pena e do castigo eterno. Porque com as tuas culpas o crucificas de novo” (Homilia evangelho de São João 45). Junto a estas disposições interiores estão as disposições externas: jejum, isto é, não comer nada uma hora antes de comungar; o modo digno de vestir e as posturas respeitosas. O cura de Ars dizia: “Devemos nos apresentar com vestidos decentes: não pretendendo ser trajes nem enfeites ricos, mas não devem ser descuidados e gastados... tendes que vir bem penteados, com o rosto e as mãos limpas” (Sermão sobre a comunhão).
Para refletir: Aproximo-me à santa missa e à santa comunhão com a alma em graça? Tenho fome de Cristo Eucaristia ou posso passar meses e meses sem comungar? No caso de que eu não possa comungar sacramentalmente, já aprendi a fazer uma comunhão espiritual?
Para rezar: Obrigado, Senhor, porque na Última Ceia partistes o vosso pão e vinho em infinitos pedaços, para saciar a nossa fome e a nossa sede... Obrigado, Senhor, porque no pão e no vinho nos entregais a vossa vida e nos encheis da vossa presença. Obrigado, Senhor, porque nos amastes até o final, até o extremo que se pode amar: morrer por outro, dar a vida por outro. Obrigado, Senhor, porque quisestes celebrar a vossa entrega, ao redor de uma mesa com os vossos amigos, para que eles fossem uma comunidade de amor. Obrigado, Senhor, porque na Eucaristia nos fazeis UM convosco, na medida em que estamos dispostos a entregar a nossa... Obrigado, Senhor, porque todo o dia pode ser uma preparação para celebrar e compartilhar a Eucaristia... Obrigado, Senhor, porque todos os dias eu posso voltar a começar..., e continuar o meu caminho de fraternidade com os meus irmãos, e o meu caminho de transformação em Vós.”
Para mim e para todos... uma óptima meditação é o meu maior desejo!
Nunca será demais falar, meditar, viver a Eucaristia, pois Ela é o maior elo de união a Deus e aos irmãos e a fonte de todas as graças na nossa vida e na vida do mundo!
Nunca poderemos esquecer que a união faz a força, a força de que o mundo necessita!
Amemos muito o Senhor Jesus na Sagrada Eucaristia!
Que sempre seja louvado!

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