sábado, 3 de outubro de 2015

ROTINAS!



A vida é feita de rotinas! Disso tenho a certeza!
Mas nem sempre as rotinas são o melhor da vida! E se não conseguirmos sair das rotinas, estamos muito mal! Muito mal mesmo!
Há trabalhos e atitudes que são mesmo rotineiras, é um facto! Mas ainda assim temos que tentar a todo o custo dar sempre nova vida ao que fazemos, tornar cada momento diferente dos demais, pois não há dois momentos iguais, ainda que vividos nas tão habituais rotinas!
Levantar, lavar, deitar, tomar banho, cozinhar, comer, dormir... são rotinas de todos os dias! O trabalho diário acaba por se tornar numa rotina!
Rotina, hábito de fazer algo que, como estamos habituados a fazer tantas vezes, até parecer que nos custa menos!
Mas há situações em que a rotina mata!
Uma vida conjugal não pode cair na rotina, tem de se ir encontrando algo de novo para revitalizar e aconchegar a relação, de contrário... tenderá a acabar em separação ou violência que muitas vezes chega aos extremos e corre mesmo muito mal!
Uma vida totalmente rotineira leva ao desleixo, ao deixa correr, ao desinteresse, ao stress elevado e até mesmo à doença psicológica que com o tempo pode mesmo passar a doença física!
Temos de ter discernimento para sermos rotineiros nas situações que nos simplificam as acções, mas sair do rotineirismo em tudo o que não pode ser rotineiro.
Um exemplo pode ser mesmo a oração! Se rezamos por hábito e sem pensarmos no que estamos a fazer, a oração passará a não ter o devido sentido!
Distracções todos temos, uns mais outros menos, devemos esforçarmos por vivificar cada palavra em cada momento! E muitas vezes não são precisas palavras, basta o pensamento voltado para o Senhor, para a Sua vontade!
Momentos de crise na oração e na vida acontecem a toda a gente. Vejamos um pouquinho da grande Santa Faustina Kowalsca:
“Já recomeçou o cinzento da rotina do dia a dia. Os momentos solenes dos meus votos perpétuos passaram, mas esta grande graça de Deus permanece na minha alma. Sinto que pertenço totalmente a Deus, sei que sou a sua filha, sinto que sou inteiramente sua propriedade. Experimento-o de maneira física e sensível. Estou perfeitamente tranquila em tudo, porque sei que é tarefa do Esposo pensar em mim. Estou completamente esquecida de mim própria
A minha confiança no seu Coração misericordioso não tem limites. Estou continuamente unida a Ele. Vejo que é como se Jesus não pudesse ser feliz sem mim, nem eu sem Ele. Compreendo bem que, sendo Deus feliz em Si mesmo, e não precisando de criatura absolutamente nenhuma para a sua felicidade, no entanto, a sua bondade força-O a dar-Se à sua criatura – e fá-lo com uma generosidade inconcebível.”
A pertença a Deus não é só para freiras e padres ou outras pessoas consagradas, é para toda a gente!
Todos, sem excepção, pertencemos a Deus! E Deus vem a cada instante, das mais diversas formas, ao encontro de todos, sem excepção, pois quer-nos ver realizados e felizes! E todos, sem excepção, temos deveres a cumprir inerentes à nossa profissão e ao nosso estado de vida, consagrados ou leigos, e solteiros, casados, viúvos, separados...
Estas belíssimas e profundas palavras de Santa Faustina servem para cada um ou uma de nós!
Façamo-las nossas, e digamo-las a Jesus muitas vezes com todo o amor e confiança, Ele vai gostar muito, e nós sentir-nos-emos muito, muito mais realizados e felizes, com Ele na nossa dianteira!
Que Ele nos ajude!

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