quinta-feira, 20 de junho de 2019

A SANTÍSSIMA TRINDADE!

Falada e explicada desde a minha infância, e todas as vezes que vejo alguém falar sobre a Santíssima Trindade gosto de ler e reler, pensar, meditar, para nada mais poder perceber!

Como o dia é propício, aqui vai:
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Santa Teresa de Ávila (1515-1582)
carmelita descalça, doutora da Igreja
Relações, n.º 33
A verdade sobre a Santíssima Trindade tinha-me sido exposta por teólogos, mas nunca a compreendi como a compreendo agora, depois daquilo que Deus me mostrou. [...] Foram-me representadas três Pessoas distintas, que podem ser consideradas e com quem se pode conviver em separado. Percebi depois que só o Filho encarnou, o que mostra claramente a realidade desta distinção. Estas Pessoas conhecem-Se, amam-Se e comunicam entre Si. Mas, se as três Pessoas são distintas, como dizemos que têm, todas três, uma mesma essência? Com efeito, é nisso que acreditamos; trata-se de uma verdade absoluta, pela qual estaria disposta a sofrer mil vezes a morte. Estas três Pessoas têm um único querer, um só poder, uma única soberania, de tal maneira que nenhuma delas pode coisa alguma sem as outras, e que há um só Criador de tudo quanto foi criado. Poderia o Filho criar uma formiga que fosse sem o Pai? Não, porque eles têm um mesmo poder. E o mesmo acontece com o Espírito Santo.
Assim, há um só Deus todo-poderoso, e as três Pessoas constituem uma só Majestade. Poderá alguém amar o Pai sem amar o Filho e o Espírito Santo? Não, mas aquele que se torna agradável a uma destas três Pessoas torna-se agradável às três, e aquele que ofende uma delas ofende as outras duas. Poderá o Pai existir sem o Filho e sem o Espírito Santo? Não, porque têm uma mesma essência, e onde se encontra uma Pessoa encontram-se as outras duas, porque não podem separar-se.
Como é então que vemos três Pessoas distintas? Como é que o Filho encarnou, sem que o Pai e o Espírito Santo tenham encarnado? Eu não o compreendo; os teólogos sabem explicá-lo. O que eu sei é que as três Pessoas concorreram para esta obra maravilhosa. De resto, não me detenho durante muito tempo em questões deste género; o meu espírito passa imediatamente à verdade de que Deus é todo-poderoso e de que, tendo-o querido, pôde fazê-lo, e poderia, da mesma maneira, fazer tudo o que quisesse. Quanto menos compreendo estas coisas, mais acredito nelas, e mais devoção delas retiro. Bendito seja Deus para sempre! Ámen.
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Claro... quanto mais nos interessamos por perceber, mais amamos. O Amor por Deus nunca é demais, e quanto maior for, mais o espalhamos pelos homens, pois é completamente impossível amar a Deus que se não vê e não amar os homens que connosco convivem!
Mas... Deus não se vê... mas sente-se, no mais fundo de nós mesmos, ali, onde gosta de estar para nos fazer ser o que Ele quer que sejamos.
Que sempre seja louvado!
Hermínia Nadais

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