O
Santo Padre, como já vem sendo habitual, acariciou-nos com uma maravilhosa
mensagem!
Acariciou-nos,
sim, pois as chamadas de atenção são sempre um carinho. Mas ele, sábia e
carinhosamente, espicaçou-nos, chamou-nos à atenção para alguns dos inúmeros
tipos de pobreza existentes e que na grande maioria das vezes não damos conta,
passam-nos despercebidos.
Pobres…
não são só os que estendem a mão porque não têm onde viver, o que comer ou
vestir, são os que vivem na solidão, sós, sem ninguém que os oiça ou lhes dê
qualquer tipo de atenção. E não podemos esquecer que viver na solidão não é
viver sozinho, mas sentir-se só, ainda que rodeado de gente que não pensa como
nós, não reage como nós, que critica muitas coisas que fazemos, que se julga
mais do que todos.
Ajudar
os pobres não é dar esmolas, que muitas vezes, ao ajudá-los, os faz sentirem-se
muito mal,
Ajudar
os pobres é ser seus amigos, ser-lhes presentes, sentir-se um com eles, em
todas as situações e circunstâncias.
Uma
pequena visita a uma pessoa acamada ou num lar, um telefonema, um sorriso, um
abraço… coisas simples… que enriquecem quem aceita e quem dá!
O
melhor que temos na vida é a pobreza, não de bens necessários à sobrevivência,
mas, muito humildemente, reconhecer a nossa pequenez, as nossas debilidades e
fraquezas, as nossas más palavras, gestos, atitudes, maneiras de ser, e desse
modo, sentirmo-nos pobres entre os pobres!
“Pobres
sempre os tereis!” Sim! Sempre teremos pessoas que necessitam de ajuda monetária
que temos de aprender a dar sem magoar quem a recebe nem enaltecer quem a dá,
mas reconhecendo-nos pobres entre os pobres, até porque há muitos tipos de
pobreza em muita gente rica que é muito maior do que a riqueza dos pobres de
haveres materiais, é uma pobreza disfarçada, mas não deixa de ser pobreza!
Estejamos,
a exemplo de Jesus Cristo, atentos a quem nos rodeia e dispostos a entregar o
nosso tempo e vida na recuperação de todo o tipo de pobreza, pois a pobreza dá-nos
conta do coração e Deus quer-nos bem alegres e felizes!
Então,
para toda a gente, as maiores felicidades!
Hermínia
Nadais
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