Depois de uma noite fria um maravilhoso dia de sol!
Por
que não aproveitar para abrir portas e janelas para que este calorzinho solar
possa aquecer a casa fria… e tão só que chora de pavor!...
E
as portas e janelas… uma a uma… foram sendo abertas… para que o bendito sol
aquecesse a casa!
Faz
tanto tempo que tal não acontecia!...
Por
momentos… a Maria olhou a beleza singela e colorida do panorama outonal!
Momentos
encantadores!
Depois…
olhou a sua casa, as suas portas e janelas… que de há tanto tempo cerradas e sós,
metiam dó de tanto pó… e algumas teias de aranha nos vidros marejados de
sujeira que as cortinas tapavam, simplesmente!
Ui!...
Murmurou Maria de si para si!
E
esta? Como é possível tudo isto nas minhas portas e janelas?
Pois!
Temos de olhar as coisas com olhos de ver, para as poder cuidar e proteger!
E
decidiu, naquele dia, deixar tudo de forma a não se envergonhar a si mesma de
tanto desprezo dado ao que todos os dias tão bem a acolhia e deleitava, a sua
própria casa!
E…
olhando-se a si mesma… interiormente… há tanto tempo sem ter procurado aquela
limpeza suave e doce que só a Reconciliação pode dar, comparou-se à sua casa!
E
continuou o seu murmúrio:
Sem
sombra de dúvidas! O tempo convida à conversão! Aproveita, Maria! Precisas de fazer
a ti mesma a limpeza que fizeste à tua casa, até porque, a casa, mais limpa ou
mais suja, dá sempre para viver! Mas a consciência e o coração não aguentam
sujeiras, com elas não vivem como devem, não podem! E tu, Maria, terás de
aguentar toda essa adversidade!
Benditas
portas e janelas abertas que me abriram os olhos da inteligência para ter mais
cuidado com as limpezas do Amor no coração da vida!
Boa
noite!
Hermínia
Nadais
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