domingo, 12 de março de 2023

DÁ-ME DESSA ÁGUA!

 


 

DÁ-ME DESSA ÁGUA!

Dá-me de beber, pede Jesus à Samaritana!

Dá-me dessa Água, pede a Samaritana a Jesus!

Jesus e a Samaritana! Jesus e cada um ou uma de nós!

Lindo, este encontro de Jesus com a Samaritana! Como lindo é o verdadeiro encontro de Jesus com cada homem ou mulher! Com cada um ou uma de nós!

Jesus tinha sede! A Samaritana tinha sede!

Duas sedes… que se unificam… na Palavra Fé… encontro de duas sedes: a sede de Deus pela Humanidade, e a sede da Humanidade pela felicidade verdadeira que só se encontra numa vida com Deus… o que muitas… inúmeras vezes… não percebemos!

E então, de um qualquer modo, Jesus vem ao nosso encontro, espera-nos na beira do “poço” como esperou a Samaritana. A Água que o Senhor nos dá é a Sua Graça, a Sua forma de ser e de viver, o que nos é dado no Batismo!

E quando, depois do Batismo, com as nossas fragilidades que nos levam ao pecado, perdemos Essa Graça, a Vida de Deus em nós, temos de a procurar no Sacramento da Reconciliação, Penitência, Confissão, onde Jesus nos espera como esperou a Samaritana, sedento de nós, que também devemos estar bem sedentos d’Ele.

E quanto mais desejamos a Água Viva, a Vida da Graça, Jesus connosco em todos os momentos da vida, mais sede sentimos d’Ele. Sem qualquer dúvida, a sede que o ser humano tem de Deus é insaciável. Quanto mais tentamos encontrar formas de a minimizar, mais sede temos, mais queremos estar com Ele, mais queremos estar onde Ele está! É a Eucaristia, o Sacrário, a leitura interiorização e escuta da Palavra, a Oração, a meditação, a contemplação, a atenção, presença e dádiva aos irmãos antes de mais na oração aturada por eles.

O Amor é assim! Não se vê, mas sente-se de uma forma desmedida, incomensurável.

Quanto mais nos encontramos perto de Jesus, mais sede temos d’Ele. A sede de Deus, pelo que pressinto, só termina mesmo na passagem desta vida.

A sede e fome de Deus, quando é grande, é mesmo insaciável. Procuramos encontrar formas de a minimizar, mas acontece o contrário.

Então tentámos olhar Deus nos irmãos. E começamos a olhar toda a gente pelo lado bom da pessoa, e a considerar os seus erros próprios das suas fraquezas de seres humanos que são.

Olhamos as pessoas como nos olhamos a nós mesmos, que temos vontade de praticar o bem, mas com muitas falhas nas nossas atuações.

Nada melhor para compreender o outro do que compreendermo-nos a nós mesmos, sabermo-nos fracos.

Senhor! Dá a Tua Água da Vida a toda a Humanidade que tanto precisa de amar como convém, de viver do Teu jeito, de acabar com guerras e destruições, ganâncias e desacertos, riquezas e pobrezas desmedidas e incompreendidas! Tanto, Senhor! Tanto a mudar, sem criticar, mas a ajudar!

O tempo é propício, Senhor! Que toda a gente consiga viver uma Santa Quaresma!

Hermínia Nadais

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