DESERTO QUARESMAL
Mas… o que é um deserto?...
Um local onde nada existe? Onde, conforme os casos, as
árvores e os passarinhos não se encontram com os homens? Onde as areias ressequidas
não deixam crescer qualquer vegetação nem dão alimento aos passarinhos?
Estes… são desertos físicos, visíveis aos nossos olhos
e sensíveis aos nossos sentidos!
Mas… que tipo de deserto seremos nós? Todos temos “desertos”
em nossas vidas, nos dias escuros,
tristes, doloridos, saudosos, em que estamos sós, abandonados de tudo e de
todos, inclusive de nós mesmos que perece nem sequer nos conhecermos como somos!´
Deserto Quaresmal… não é um deserto assim!
É um “Deserto” onde Deus está presente para nos ajudar
a olhar-nos, compreender-nos, aceitar-nos como somos, e a partir do
autoconhecimento lutar para melhorar o
que não está tão bem em nós como o Senhor quer e a Humanidade necessita.
Não precisamos de fazer grandes coisas. Assim como o tempo,
misterioso, é contado a partir de décimos de segundo, a grandeza da nossa existência
partirá sempre das mais pequeninas atitudes que tomamos frente às nossas
necessidades e às necessidades dos irmãos e irmãs que connosco vão convivendo
na caminhada da vida.
O “Deserto” é um
lugar muito animador onde nos encontramos… desejamos… somos… um com o Senhor.
É no “Deserto”, a
sós connosco, que nos encontramos com Deus e os irmãos, sem os vermos, sem os
olharmos, mas a ouvir os seus sussurros no mais íntimo do coração e a desjar o
melhor do mundo e da vida para toda a gente, indefinidamente.
Será… que está a
ser este o meu “Deserto Quaresmal”?
Oxalá que sim! O meu
Deserto e o Deserto de toda a gente!
Hermínia
Nadais
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