domingo, 5 de março de 2023

SUBIR AO MONTE!

 


SUBIR AO MONTE! 

Não sei muito bem o que para mim poderá ser o monte! Uma subida ao monte! Passo a vida a subir… a descer… a descer… a subir!...

O monte…  o Tabor… para  Pedro, Tiago e João, foi uma subida, ingreme com certeza, para conseguirem ter uma pequenina amostragem do que será, depois de uma vida de tudo quanto se possa imaginar de bom e mau, para todos nós, o encontro com Jesus, com a Divindade  na Vida Eterna!

O monte…  o Tabor… para  Pedro, Tiago e João, foi a certeza de que, depois do sofrimento ou cruz, teremos a Luz! Foi a certeza da ressurreição, de Jesus e, consequentemente, nossa também! Foi a certeza de que há uma vida depois da morte, ou melhor dito, que a morte é a continuação desta vida, numa outra dimensão espiritual e não humana, pois a vida humana termina aqui na terra como a de Jesus terminou para continuar onde sempre esteve, na eternidade com o Pai e o Espírito Santo.

Pedro, Tiago e João são, ali, a representação de toda a Humanidade a quem Jesus veio ressurgir para a Sua Vida e ensinar a viver segundo as Suas Palavras e Exemplos.

O aparecimento de  Moisés e Elias, disse-lhes, e diz-nos, que os enviados de Deus à Humanidade estão ali, junto de Deus. Estão junto de Deus os enviados de Deus aos homens, e aqueles homens e mulhers que seguiram as suas instruções que são as instruções de Deus, as Palavras de Deus como Jesus foi, é, e sempre será!

Isto da Eternidade, faz pensar muito. E o sabermo-nos bem pequeninos, faz-nos recear. A mim fez-me recear durante muito, muito tempo!

Até que, numa certa noite, de olhos ainda abertos mas com luzes já apagadas, fui surpreendida com um aglomerado incomensurável de belíssimas nuvens que atravessavam o pequeno espaço, o meu quartinho. Umas enormes, outras bem pequenininhas, assim como um esboço de nuvem, mas que, em comum, me encantaram os olhos e o coração todinho… todinho... até ao mais profundo do meu ser.

 Eu nunca imaginei poder ver com meus olhitos tamanha beleza, que Deus seja louvado!

A partir daí não mais receei a minha pequenez junto de Deus, porque no que vi, estavam as grandes e pequeninas nuvens excelentemente entrelaçadas e unidas entre si num todo mais que maravilhoso. De facto, compreendi que Deus nos ama a todos, indefinidamente, cada qual como é. E é assim que nos deseja, um dia, com Ele, numa eternidade feliz!

Então… o subir ao monte…

Pode ser visto como o descobrir mais e melhor a vontade do Senhor para cada segundo dos nossos dias!

Pode ser visto como a paciência a ter nas intempéries dos dias, que muitas vezes são duras por demais!

Pode ser visto como a vida que temos que encaminhar o melhor que pudermos e soubermos para o nosso bem e para o bem de quem nos rodeia! 

Pode ser visto como a forma de olhar os irmãos e irmãs que connosco convivem de modo a caminharmos unidos para o Senhor numa Caminhada Sinodal!...

Subir ao monte! Que seja este todo o nosso querer! Subir um pouquinho mais, sempre, sempre, sem parar, até que todos os segundos destes nossos dias acabem por terminar!

A continuação de uma Santa Quaresma… numa incessante subida… ao monte!

Hermínia Nadais

                                                                  

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