Não sei muito bem o que para mim poderá ser o monte!
Uma subida ao monte! Passo a vida a subir… a descer… a descer… a subir!...
O monte… o
Tabor… para Pedro, Tiago e João, foi uma
subida, ingreme com certeza, para conseguirem ter uma pequenina amostragem do
que será, depois de uma vida de tudo quanto se possa imaginar de bom e mau,
para todos nós, o encontro com Jesus, com a Divindade na Vida Eterna!
O monte… o
Tabor… para Pedro, Tiago e João, foi a
certeza de que, depois do sofrimento ou cruz, teremos a Luz! Foi a certeza da
ressurreição, de Jesus e, consequentemente, nossa também! Foi a certeza de que
há uma vida depois da morte, ou melhor dito, que a morte é a continuação desta
vida, numa outra dimensão espiritual e não humana, pois a vida humana termina
aqui na terra como a de Jesus terminou para continuar onde sempre esteve, na
eternidade com o Pai e o Espírito Santo.
Pedro, Tiago e João são, ali, a representação de toda
a Humanidade a quem Jesus veio ressurgir para a Sua Vida e ensinar a viver
segundo as Suas Palavras e Exemplos.
O aparecimento de
Moisés e Elias, disse-lhes, e diz-nos, que os enviados de Deus à Humanidade
estão ali, junto de Deus. Estão junto de Deus os enviados de Deus aos homens, e
aqueles homens e mulhers que seguiram as suas instruções que são as instruções
de Deus, as Palavras de Deus como Jesus foi, é, e sempre será!
Isto da Eternidade, faz pensar muito. E o sabermo-nos
bem pequeninos, faz-nos recear. A mim fez-me recear durante muito, muito tempo!
Até que, numa certa noite, de olhos ainda abertos mas
com luzes já apagadas, fui surpreendida com um aglomerado incomensurável de
belíssimas nuvens que atravessavam o pequeno espaço, o meu quartinho. Umas
enormes, outras bem pequenininhas, assim como um esboço de nuvem, mas que, em
comum, me encantaram os olhos e o coração todinho… todinho... até ao mais
profundo do meu ser.
Eu nunca
imaginei poder ver com meus olhitos tamanha beleza, que Deus seja louvado!
A partir daí não mais receei a minha pequenez junto de
Deus, porque no que vi, estavam as grandes e pequeninas nuvens excelentemente entrelaçadas
e unidas entre si num todo mais que maravilhoso. De facto, compreendi que Deus
nos ama a todos, indefinidamente, cada qual como é. E é assim que nos deseja,
um dia, com Ele, numa eternidade feliz!
Então… o subir ao monte…
Pode ser visto como o descobrir mais e melhor a
vontade do Senhor para cada segundo dos nossos dias!
Pode ser visto como a paciência a ter nas intempéries
dos dias, que muitas vezes são duras por demais!
Pode ser visto como a vida que temos que encaminhar o melhor que pudermos e soubermos para o nosso bem e para o bem de quem nos rodeia!
Pode ser visto como a forma de olhar os irmãos e irmãs que connosco convivem de modo a caminharmos unidos para o Senhor numa Caminhada Sinodal!...
Subir ao monte! Que seja este todo o nosso querer!
Subir um pouquinho mais, sempre, sempre, sem parar, até que todos os segundos
destes nossos dias acabem por terminar!
A continuação de uma Santa Quaresma… numa incessante
subida… ao monte!
Hermínia Nadais
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