O limoeiro do meu quintal deixou cair
muitos limões sobre a relva que o circunda, alguns deles, caídos já doentes,
acabaram causando horror de tão apodrecidos!
Hoje, Dia de Finados, traz imensa tristeza
pela enormíssima saudade dos que já partiram para a Casa do Pai!
E perguntei a mim mesma: Como podemos
saber que os nossos queridos estão na Casa do Pai… ou no lugar de limpar toda a
possível imundície para lá chegar?
E recordei muitos e muitas que já não estão
connosco neste mundo, e pensando na imensa Misericórdia de Deus que quer toda a
gente feliz junto d’Ele, perguntei: Meu Deus, como podes deixar que vão muitas
pessoas para aquele lugar de suplício, o inferno! Tu… que amas tanto, tanto. Não
pode ser! Não pode ser que deixes alguém ir para lá!
Imediatamente algo me soprou à ideia de
que, não o/as deixar ir para o inferno, seria assim como apanhar os limões
apodrecidos debaixo do limoeiro! Eu respondi
ao sopro, de imediato: vou apanhá-los… e já!
Peguei no balde amarelo e saí a correr!
A chuva caía, mas fui fazer a apanha!
Limões… e mais limões… ao que se juntavam folhas secas,
também apodrecidas!
Olho para aquele balde… desiludida de mim
mesma, pois apenas via estrume, e nada mais!
Então… pensei no que tudo aquilo me
quereria dizer! E culpei-me daqueles limões apodrecidos, pois se os tivesse
cuidado a tempo, mesmo tendo caído da árvore já estragados, ainda teriam
servido para alguma coisa!
E… e… decidi começar a ter muito mais
cuidado em rezar e fazer algo pela conversão dos corações, de todos os corações…
para não virem a acabar como aqueles limões apodrecidos… que não servem para
nada… nada… mesmo!
Senhor! Lembra aos humanos que temos de
ter mais cuidado com o bem-estar uns dos outros, preparando, neste mundo, a possível
entrada na morada celestial que tão amorosamente tens preparada para todos e
todas nós!
Ajuda-nos a compreender… aceitar… perdoar
e amar… amar… amar!
Que sempre sejas louvado!
Hermínia Nadais
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