terça-feira, 10 de março de 2020

RECONHECER-SE PEQUENINA


Há uns anos atrás, se me dissessem como hoje me ia sentir, eu não acreditava!
Sempre fui uma pessoa agarrada ao trabalho com a maior dedicação, amiga de toda a gente, de dormir muito pouco, de aproveitar bem o tempo, de me dedicar ao que gostava mas de o deixar se alguém necessitasse dos meus parcos préstimos!
Tudo isto recebi dos meus pais que eram assim, tal e qual.
Desde pequenina me habituaram a rezar, frequentar as igrejas, reuniões, sermões quaresmais e outros, ou seja, sempre fui muito ligada ao Senhor… que descobri verdadeiramente já com muita idade.
Isto de fazer tudo com receio dos castigos de Deus cabia na minha mente, agora não cabe. Fazer tudo por amor, sim; com receio de castigo, não!
Então… hoje, chega-me de Evangelizo este texto maravilhoso:
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Santa Teresa de Calcutá (1910-1997)
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«No Greater Love»
Não creio que haja quem precise tanto do socorro e da graça de Deus como eu. Por vezes, sinto-me muito desarmada e fraca. E acredito que é por isso que Deus Se serve de mim. Uma vez que não posso contar com as minhas próprias forças, volto-me para Ele vinte e quatro horas por dia. E, se o dia tivesse mais horas, também precisaria da sua graça durante essas horas. Todos devemos agarrar-nos a Deus pela oração. O meu segredo é muito simples: rezo. Através da oração, uno-me a Cristo pelo amor. Compreendi que rezar-Lhe é amá-lo. […]
As pessoas têm fome da Palavra de Deus, que traz a paz, traz a união, traz a alegria. Mas não podemos dar o que não temos. Por isso, devemos aprofundar a nossa vida de oração. Sê sincero na tua oração. A sinceridade é a humildade e a humildade só se adquire aceitando as humilhações. O que ouviste sobre a humildade não chega para ta ensinar; o que leste sobre a humildade não chega para ta ensinar. Só se aprende a humildade aceitando as humilhações, e encontrarás humilhações ao longo de toda a tua vida. A maior das humilhações é saber que não somos nada; eis o que aprendemos quando nos encontramos diante a Deus na oração.
Por vezes, um olhar profundo e fervoroso para Cristo constitui a melhor das orações: olho-O e Ele olha-me. Neste face a face com Deus, só sabemos que não somos nada e que não temos nada.
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Bom, escusado será dizer que me assenta como uma luva!
Quanto mais aprendo, mais rezo, mais experiente me sinto, mais reconheço a minha pequenez e ignorância e mais me agarro ao Senhor que é a única forma de conseguir fazer alguma coisa de mim mesma, e por os outros!
De facto, sem Deus, somos mesmo pequenininhos, tão pequenininhos que nem connosco nos entendemos!
Oxalá esta Quaresma leve muita gente a encontrar-se intimamente com o Senhor, pois é a melhor coisa que nos pode acontecer. Nunca estamos sós! Temos sempre com quem falar! E tal como um bebé tem sempre quem esteja por perto a cuidá-lo, é assim que Deus, o Senhor, faz connosco, comigo!
Que sempre seja louvado!
Hermínia Nadais

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