sexta-feira, 2 de julho de 2021

“EU NÃO VIM CHAMAR OS JUSTOS, MAS OS PECADORES”

 


Esta frase, presente no Evangelho de hoje deixou-me a pensar!

Pronunciada há mais de dois mil anos, é atualíssima! Atualíssima para todos nós, principalmente os que se cruzam nos Movimentos Eclesiais ou na frequência às igrejas, Casas de Deus, nomeadamente às Eucaristias.

Todos somos pecadores, ou seja, na nossa caminhada de vida todos vamos fazendo asneiras, mais ou menos, maiores ou menores.

E o fato de, por isso, talvez, nos sentirmos um pouco mais ligados a Jesus, não podemos olhar os que andam mais afastados destes comportamentos como diferentes de nós, porque todos somos irmãos e Filhos muito queridos de Deus em Jesus Cristo.

Jesus deixou no mundo os Apóstolos a comandar a Sua Igreja da qual fazemos parte pelo  Sacramento do Batismo que nos foi administrado. E há batizados que frequentam as  igrejas e os Sacramentos, e outros que apenas são batizados e nada mais fazem… e ainda outros que nem batizados são!

Perante tudo isto, o que poderemos pensar, como deveremos proceder?

Temos de nos sentir felizes por nos parecer que estarmos a trilhar um bom caminho, mas assim como Jesus fez tudo para nos unir a Si e a Seu Pai no Espírito Santo, para O imitarmos minimamente, temos de fazer tudo pelas pessoas distanciadas da igreja, porque é para elas que Jesus se quer voltar quando diz, «Eu não vim chamar os justos mas os pecadores»

Isto não quer dizer que sejamos de fato justos, porque justo mesmo só Jesus, mas como, de certeza, temos consciência do mal que praticamos e de humildemente pedir perdão ao Senhor por isso, lendo meditando e ouvindo falar sobre as Escrituras, orando, rezando, ajudando e sendo carinhosa e atentamente presentes a quem necessita, pelo menos há  um pequeno esforço para vivenciar a Fé!

“”São Francisco de Assis (1182-1226)
fundador da Ordem dos Frades Menores
Carta a um superior da ordem franciscana

«Eu não vim chamar os justos mas os pecadores»

Saberei que amas o Senhor e que me amas a mim, seu e teu servo, se qualquer irmão, após ter pecado tanto quanto é possível pecar, puder ir ter contigo, pedir-te perdão e partir perdoado. Se não te pedir perdão, pergunta-lhe tu se quer ser perdoado. E se, depois disso, voltar a pecar mil vezes contra ti, ama-o mais ainda do que me amas a mim, para o conduzir ao Senhor. Tem sempre piedade desses infelizes. [...]

Se um irmão, instigado pelo inimigo, cometer um pecado grave, está obrigado, por obediência, a recorrer ao responsável. Os irmãos que conhecerem a sua falta não o hão de afrontar nem acusar; pelo contrário, dar-lhe-ão provas de grande bondade e calarão cuidadosamente o pecado do seu irmão, porque «não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes» (Mt 9,12). [...] E o superior agirá com ele com a mesma bondade que desejaria para si se se encontrasse em situação semelhante.

Se um irmão cair em pecado venial, confessar-se-á a um dos seus irmãos padres. Se não houver padre, confessar-se-á ao seu irmão, enquanto espera encontrar um padre que o absolva canonicamente. Os irmãos não poderão ordenar outra penitência a não ser esta: «Vai, e não tornes a pecar!» (Jo 8,11)””

Pois… mas quando sentimos a ação de Jesus bem no mais fundo do nosso coração, o amor aumenta, e o nosso maior desejo é que todos consigam sentir Jesus em si como nós sentimos. A humildade vai crescendo, a generosidade também, o gosto por ajudar arrasa o coração da vida e os segundos dos dias começam a ser cada vez mais curtos para chegarmos onde queremos e necessitamos para estar com Jesus, pecadores na busca do amor de outros pecadores!

Que Deus nos ajude!

Hermínia Nadais

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