Esta frase, presente no Evangelho de hoje deixou-me a pensar!
Pronunciada há mais
de dois mil anos, é atualíssima! Atualíssima para todos nós, principalmente os
que se cruzam nos Movimentos Eclesiais ou na frequência às igrejas, Casas de
Deus, nomeadamente às Eucaristias.
Todos somos
pecadores, ou seja, na nossa caminhada de vida todos vamos fazendo asneiras, mais
ou menos, maiores ou menores.
E o fato de, por
isso, talvez, nos sentirmos um pouco mais ligados a Jesus, não podemos olhar os
que andam mais afastados destes comportamentos como diferentes de nós, porque
todos somos irmãos e Filhos muito queridos de Deus em Jesus Cristo.
Jesus deixou no
mundo os Apóstolos a comandar a Sua Igreja da qual fazemos parte pelo Sacramento do Batismo que nos foi
administrado. E há batizados que frequentam as igrejas e os Sacramentos, e outros que apenas são
batizados e nada mais fazem… e ainda outros que nem batizados são!
Perante tudo isto,
o que poderemos pensar, como deveremos proceder?
Temos
de nos sentir felizes por nos parecer que estarmos a trilhar um bom caminho,
mas assim como Jesus fez tudo para nos unir a Si e a Seu Pai no Espírito Santo,
para O imitarmos minimamente, temos de fazer tudo pelas pessoas distanciadas da
igreja, porque é para elas que Jesus se quer voltar quando diz, «Eu não vim chamar os
justos mas os pecadores»
Isto não quer dizer que
sejamos de fato justos, porque justo mesmo só Jesus, mas como, de certeza,
temos consciência do mal que praticamos e de humildemente pedir perdão ao Senhor
por isso, lendo meditando e ouvindo falar sobre as Escrituras, orando, rezando,
ajudando e sendo carinhosa e atentamente presentes a quem necessita, pelo menos
há um pequeno esforço para vivenciar a
Fé!
“”São
Francisco de Assis (1182-1226)
fundador da Ordem dos Frades Menores
Carta a um superior da ordem franciscana
«Eu não vim chamar os justos mas os
pecadores»
Saberei que amas o Senhor e que me amas a mim, seu e
teu servo, se qualquer irmão, após ter pecado tanto quanto é possível pecar,
puder ir ter contigo, pedir-te perdão e partir perdoado. Se não te pedir
perdão, pergunta-lhe tu se quer ser perdoado. E se, depois disso, voltar a
pecar mil vezes contra ti, ama-o mais ainda do que me amas a mim, para o
conduzir ao Senhor. Tem sempre piedade desses infelizes. [...]
Se um irmão, instigado pelo inimigo, cometer um pecado
grave, está obrigado, por obediência, a recorrer ao responsável. Os irmãos que
conhecerem a sua falta não o hão de afrontar nem acusar; pelo contrário,
dar-lhe-ão provas de grande bondade e calarão cuidadosamente o pecado do seu
irmão, porque «não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os
doentes» (Mt 9,12). [...] E o superior agirá com ele com a mesma bondade que
desejaria para si se se encontrasse em situação semelhante.
Se um irmão cair em pecado venial, confessar-se-á a um
dos seus irmãos padres. Se não houver padre, confessar-se-á ao seu irmão,
enquanto espera encontrar um padre que o absolva canonicamente. Os irmãos não
poderão ordenar outra penitência a não ser esta: «Vai, e não tornes a pecar!»
(Jo 8,11)””
Pois… mas quando
sentimos a ação de Jesus bem no mais fundo do nosso coração, o amor aumenta, e
o nosso maior desejo é que todos consigam sentir Jesus em si como nós sentimos.
A humildade vai crescendo, a generosidade também, o gosto por ajudar arrasa o
coração da vida e os segundos dos dias começam a ser cada vez mais curtos para
chegarmos onde queremos e necessitamos para estar com Jesus, pecadores na busca
do amor de outros pecadores!
Que Deus nos ajude!
Hermínia Nadais
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