As leituras de hoje, 14º Domingo Comum, ano B, são se fato encantadoras! Todas elas, mas o Evangelho, Mc 5, 21-43, está por demais!
Mas…
as pessoas acham que Jesus sabe e faz muitas coisas, mas para eles não é o
bastante, pois a Sua filiação não tem horarias especiais como eles pensavam viria
a ter o Messias.
Assim,
Jesus encontrou muita falta de fé na Sua terra e entre os Seus!
Ninguém
imaginou a humildade imensa Desse Homem/Deus! Humildade difícil de perceber e ainda
mais difícil de praticar!
“”São
João XXIII (1881-1963) papa Diário da alma, 1901-1903
«Que
sabedoria é esta que Lhe foi dada [...]? Não é Ele o carpinteiro?»
Sempre
que penso no grande mistério da vida oculta e humilde de Jesus durante os seus
primeiros trinta anos, o meu espírito fica ainda mais confundido e faltam-me as
palavras. Ah! É bem evidente que, face a uma lição tão luminosa como esta, não
só os julgamentos do mundo, mas também os juízos e a maneira de pensar de
muitos eclesiásticos parecem completamente falsos e encontram-se no extremo
oposto.
Da
minha parte, confesso que ainda não sei o que isto seja. Da maneira como me
conheço, parece-me que só tenho uma aparência de humildade e que do seu
verdadeiro espírito, desse desejo de passar despercebido que tinha Jesus Cristo
de Nazaré, apenas conheço o nome. E dizer que Jesus passou trinta anos de vida
oculta e que era Deus, e era o resplendor da glória e a imagem fiel da
substância do Pai (cf Heb 1,3), que veio salvar o mundo, e fez tudo isso para
nos ensinar como é necessária a humildade e como é indispensável praticá-la! E
eu, que sou tão grande pecador e tão miserável, não penso senão em me comprazer
a mim próprio, em me comprazer nos sucessos que me valem um pouco de honra
terrena; nem sequer posso conceber o pensamento mais santo sem que nele se
imiscua a preocupação com a minha reputação face aos outros. [...] No fim de
contas, só com grande esforço me consigo acostumar à ideia do verdadeiro
apagamento pessoal, tal como Jesus Cristo o praticou e tal como mo ensina.””
Ao
ler este texto maravilhoso de São João XXIII, Papa, penso em mim mesma, como
sou e como deveria ser. No que penso e no que deveria pensar, e resta-me pedir perdão
pelas minhas inúmeras fraquezas!
É
certo que, dia a dia, vou descobrindo, devagarinho, coisinhas a corrigir, mas
tão longe estou da verdadeira humildade,
Sinto-me
mal quendo ninguém liga ao que faço, quando não vejo valorizado o meu trabalho,
a minha preocupação, a minha doação, o carinho com que tento tratar toda a
gente que comigo se vai cruzando nos caminhos da vida, sem sequer pensar um
pouco no que Jesus passou por mim e me ensinou a fazer!
Tenho
certeza de que cada ser humano é muito importante para o Senhor e para os restantes
seres humanos, mas cada um ou uma de nós, diferentes entre si, têm o mesmo
valor perante Deus, e só Ele nos dignifica a vida, conforme nos vamos, com a
ajuda do Seu Santo Espírito, identificando minimamente com Ele.
Senhor!
Não sei mais que diga! Faz-me humilde, Senhor, do jeito que Tu mesmo foste do
que cada vez me veja mais longe!
Ajuda-me
a ser humilde, a reconhecer que és Tu que me ajudas a ser como sou, pois por
mim só de nada sou capaz!
Hermínia
Nadais
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