Jesus dizia, e com razão, que sem sinais e prodígios não haveria quem acreditasse n’Ele! E tinha muita razão, pois Ele sabia melhor que tudo e que todos o que cada pessoa precisava!
Agora,
pergunto, que sinais e prodígios poderá fazer a nossa Igreja, a Igreja que Jesus nos deixou para que, de
facto, comecem a acreditar no que diz e faz, pois cada vez as igrejinhas de
pedra onde nos encontramos para estar juntos uns com os outros e com Jesus cada
vez estão mais vazias!
É
certo que há muita gente maravilhosa que não frequenta a igreja, mas, para quem
gosta de participar nas cerimónias, orações que ali se fazem, sente-se um pouco
frustrada. E dá para perguntar a si mesmo: Senhor, será que estou a ser o que Tu
desejas de mim perante esta gente que parece não se interessar nada conTigo?
Claro
que na resposta há sempre umas asneirinhas que andam por aí na vida de cada um,
pois perfeito mesmo só Deus, e como é Misericordioso e bom, vela por todos nós,
como formos, onde estejamos, a façamos o que fizermos!
“”São
João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero
de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias
sobre o evangelho de João, n.° 35
«Se
não virdes sinais e prodígios, não acreditareis»
«Se
não virdes sinais e prodígios, não acreditareis». O funcionário real parece não
acreditar que Jesus tem o poder de ressuscitar os mortos: «Senhor, desce, antes
que meu filho morra». Parece julgar que Jesus ignora a gravidade da doença do
rapaz; é por isso que Jesus o censura, para lhe mostrar que os milagres se
fazem sobretudo para ganhar e curar as almas. Assim, Jesus curou o pai, que
estava tão doente no seu espírito quanto o filho estava doente no corpo, para
nos ensinar que não devemos ligar-nos a Ele por causa dos milagres, mas pelos
ensinamentos que os milagres confirmam. Pois Ele não opera milagres para os
crentes, mas para os não crentes. […]
No
regresso, o homem «acreditou, ele e todos os de sua casa»: pessoas que não
viram nem escutaram Jesus […] acreditam nele. Que ensinamento devemos retirar
disto? Que é preciso acreditar nele sem exigir milagres; que não devemos exigir
a Deus provas do seu poder. Há muitas pessoas que mostram maior amor a Deus
quando os filhos ou a mulher recebem algum alívio na doença; ora, mesmo que os
nossos votos não sejam satisfeitos, é preciso perseverar na ação de graças e no
louvor. Permaneçamos ligados a Deus, tanto na adversidade quanto na
prosperidade.””
A
nossa oração e confiança no Senhor deve ser permanente, e mais de ação de
graças do que de pedido de graças, pois como nos conhece melhor do que nós,
sabe muito bem do que necessitamos. E muitas vezes o que Lhe pedimos parece-nos
o melhor, mas não é!
Se
a vida fosse muito fácil perderia o seu grande valor!
Todos
nós, todos, sem exceção, temos dificuldades, embora diferentes, mas não deixam
de ser dificuldades, que só com muito amor a Deus e aos irmãos poderão ser bem resolvidas.
Não
é a falta de dinheiro ou haveres que nos faz pobres, mas a falta de amor a Deus
e aos irmãos. E rico, é o que confia no Senhor e tem o indispensável para
viver, pois quando partirmos deste mundo lindo para o Pai não levaremos nada
connosco, a não ser o Amor que tivermos espalhado nas nossas atitudes de todos
os dias.
Boa
noite e bom Domingo
Hermínia
Nadais
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