Um
só Corpo, derramado pela multidão!
Fazem
muita confusão estas frases, pois uma multidão é um número muito grande de
pessoas, de corpos, e unidos num só corpo, que Corpo poderá ser Esse?
Só
mesmo o corpo de Jesus Cristo! Não um corpo físico, mas um corpo espiritual,
que não podemos ver, mas sentir e viver! Um Corpo Místico, em que Jesus é a
cabeça e nós os membros desse corpo.
Jesus
também Se diz Videira, da Qual nós somos os ramos!
“”São
João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero
de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia
sobre a 1.ª Carta aos Coríntios, 2; PG 61, 199
«Este
é o meu sangue [...], derramado pela multidão»
Os
amantes deste mundo demonstram a sua generosidade oferecendo-se dinheiro,
vestes e presentes diversos; mas nenhum deles dá o seu sangue. Cristo, em
contrapartida, é o seu sangue que dá, demonstrando assim a ternura que tem por
nós e o ardor do seu afeto. Na antiga Lei, [...] Deus aceitava o sangue dos
sacrifícios, mas fazia-o para impedir o seu povo de o oferecer aos ídolos, o
que já era uma prova de grande amor. Mas Cristo alterou este rito [...]; a
vítima já não é a mesma, pois é a Si próprio que Ele oferece em sacrifício.
«O
pão que partimos não é a comunhão no corpo de Cristo?» (1Cor 10,16). [...] O
que é este pão? É o corpo de Cristo. Em que se tornam os que nele comungam? No
corpo de Cristo; não passam a ser uma multiplicidade de corpos, mas um único
corpo. Pois assim como o pão, constituído por muitos grãos de trigo, é um só
pão onde os grãos desaparecem, assim como os grãos subsistem, mas é impossível
distingui-los na massa, por estar muito bem unida, assim também nós, reunidos
com Cristo, somos um todo. [...] Ora, se participamos todos do mesmo pão e
estamos todos unidos ao mesmo Cristo, porque é que não mostramos todos o mesmo
amor? Porque não nos tornamos um só também nisso?
Era
o que acontecia no princípio: «A multidão dos crentes tinha um só coração e uma
só alma» (At 4,32). [...] Cristo veio procurar-te, a ti, que estavas longe
dele, para Se unir a ti; e tu não queres unir-te a teu irmão? [...] Separas-te
dele com violência depois de teres obtido do Senhor tão grande prova de amor,
bem como a própria vida? Com efeito, Ele não Se limitou a dar o seu corpo; como
a nossa carne, saída da terra, tinha perdido a vida a estava morta pelo pecado,
introduziu nela, por assim dizer, outra substância, qual fermento: a sua
própria carne, a sua carne da mesma natureza que a nossa, mas isenta de pecado
e cheia de vida. E deu-no-la a todos, a fim de que, alimentados pelo banquete
desta nova carne, [...] possamos entrar na vida imortal.””
O
tempo urge! E para os cristãos, penso ser a hora de voltar aos princípios, em
que as pessoas viviam como irmãs.
Só
o verdadeiro Amor consegue a fraternidade, então, amemos, que é a única coisa
que Deus nos pede. E quem ama, sofre pela pessoa amada, entrega-se a ela, faz
tudo pelo sei bem-estar, pela sua felicidade, vive para ela.
Então,
vivamos para os irmãos, porque amar verdadeiramente os irmãos, é amar a Deus!
Que
sempre nos ajude!
Hermínia
Nadais
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