domingo, 16 de outubro de 2022

MISTÉRIOS INSONDÁVEIS

 

MISTÉRIOS INSONDÁVEIS

Há palavras que parecem confundir-nos! Mas não!

Muitas vezes dizemos que vamos à igreja… e vamos! Vamos à igreja, casa onde Deus/Jesus habita, bem guardadinho no Sacrário!

Mas na realidade, a Igreja, com letra bem maiúscula, é um povo unido com Jesus Cristo, que na diversidade de dons e carismas todos os domingos e dias considerados santos (por Ela mesma), se reúne, nessas casas de pedra, a que chamamos igrejas, onde o Povo de Deus, Igreja Viva, que somos nós, cristãos batizados… nos juntamos para orar, escutar a Palavra, meditar, interiorizar o que nos quer dizer, receber os Sacramentos (Sinais e atuações de Deus na nossa vida), participar na Eucaristia para comemorar e vivificar no mais profundo do nosso coração a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus que Se nos dá em alimento escondido naquele ‘nadinha’ de pão a que chamamos Hóstia ou partícula.

Todos estes acontecimentos, devagarinho, procurados e vividos seriamente numa persistência cuidada, vão operando a transfiguração de cada um ou uma pela mudança das suas atitudes perante a escuta e interiorização da Palavra, da Oração, dos Sacramentos, da ajuda e aceitação mútua na caminhada da vida!

Quando, na igreja, durante a Eucaristia, olhamos o mistério da transubstanciação do Senhor Jesus por nosso amor, olhámo-nos a nós mesmos como mistérios insondáveis que somos até para nós mesmos, e cada irmão ou irmã, de qualquer idade e condição social é, da mesma forma, um mistério insondável!

Quando a igreja de pedra ou Casa de Deus se enche de um grande número de pessoas… são tantos os mistérios insondáveis como o número de pessoas presentes!

Daí o Senhor Jesus nos pedir para não julgar ninguém e para amar todas as pessoas… mistérios insondáveis para nós… e só por Deus conhecidas!

Senhor! Mistério que tão bem conheces o mistério que cada pessoa é, ajuda-nos a compreender-nos, a amar-nos, a aceitar-nos mutuamente tal como somos, orando por todas e cada uma numa caminhada de constante sinodalidade!

 Hermínia Nadais

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