quarta-feira, 18 de julho de 2018

SÓ QUEM SE SENTE AMADO... É CAPAZ DE AMAR!


 Por mais que queiramos... nunca conseguiremos dizer o Amor, porque o Amor não se diz, vive-se... ou não se vive!
Nascemos para amar! Mas para amarmos de verdade necessitamos de sentir-nos amados de verdade!
Recordo os aninhos da minha infância em que faltava de tudo, menos Amor! Foi o maravilhoso carinho dos meus pais que fez de mim o que hoje sou!
Num tempo em que tudo se levava aos berros e à porrada, nunca ouvi ralhar nem apanhei um tapa.
Com o tempo fui compreendendo a melhor forma de ser e de viver, com muitos avanços e recuos, mas de meus pais nunca me faltou compreensão, aceitação, responsabilidade, conversas, mimos!
E nunca me lembro ter sido agressiva com ninguém, a não ser depois de bem adulta instada por uma outra pessoa de que não soube escapar-me.
Coisas da vida! A perfeição não existe mesmo!
Mas... há uma época que revolucionou a minha vida!
No meio de muitos cansaços e canseiras, aborrecimentos e desalentos, asneiras e não sei que mais, sempre me voltei para Deus como me ensinaram e exemplificaram meus pais e outros familiares!
Sinceramente... não via nem sentia Deus como hoje sinto, mas como O via naquele tempo, com muito respeito e mais medo que temor!
Mas olhava-O, procurava-O, rezava-Lhe, escrevia muitas coisas a Ele dirigidas.
Até que, por uma imensa graça, depois da visita de um Padre novinho à Escola onde trabalhava, marquei com ele um encontro que me virou do avesso... nunca mais pensei como pensava... vivi como vivia... fui como antes era!
E foi muito fácil! A única coisa que me afirmou é que Deus me amava, assim como eu era, que perdoava e esquecia pois não era como nós!
Saí dali outra pessoa. O ter a certeza do imenso amor de Deus por mim levou-me, aos pouquinhos, a uma modificação total.
De facto, até ali, eu não sabia quem era, realmente, o Deus/Amor que nada mais faz além de Amar sem peso nem medida.
Eu não sabia amar... fui  aprendendo devagarinho... continuo a aprender... e aprenderei até morrer!
E posso afirmar com clareza que quem não se sente amado não consegue amar... como convém!
Saber-me única e irrepetível como, aliás, todas as criaturas... e amada por Deus de uma forma única também, porque sou diferente de toda a gente, ajudou-me a progredir na verdadeira forma de amar.
Não sou perfeita, longe disso, mas nas minhas imperfeiçoes sinto-me fortemente amada a acolhida, e isso faz toda a diferença!
Há um ditado popular muito engraçado que recordo muitas vezes: ‘Não se apanham moscas com pauladas, mas com mel.’
Nunca conseguiremos que as pessoas encontrem o verdadeiro caminho com ralhetes ou críticas, mas com atenção, acolhimento, carinho!
Tenho imensa pena de muitas pessoas que fazem tantas asneiras na vida, pois com toda a certeza que lhes faltou o carinho e atenção necessários para que aprendessem a não proceder assim!
Rezemos por elas!
HN


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