domingo, 29 de julho de 2018

MAS... PORQUE HÁ-DE SER ASSIM?!...


Porque há-de ser assim? Porque havemos de estar sempre numa constante luta entre o bem e o mal?
Guerra fria e dura, que não nos dá descanso!
Então, no meio das lutas de guerra... de onde nos virá o discernimento para escolher o que é certo e a coragem para levar a cabo as nossas determinações?
Interessantes estas explicações que têm a ver com o Evangelho de hoje, a multiplicação de cinco pães e dois peixes que depois de alimentar cinco mil homens ainda sobraram doze cestos!
A ligação feita entre todos estes números é, de fato, algo que me chamou muito à atenção:
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Santo Hilário (c. 315-367)
bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de S. Mateus, 14, 11; PL 9, 999
Os discípulos dizem que têm apenas cinco pães e dois peixes. Os cinco pães significam que estavam ainda submetidos aos cinco livros da Lei, e os dois peixes que eram alimentados pelos ensinamentos dos profetas e de João Batista. [...]
O Senhor tomou os pães e os peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou-os e partiu-os, dando graças ao Pai pelo alimento da Boa Nova, após séculos da Lei e dos profetas. [...] Os pães são dados aos apóstolos, pois seria por eles que seriam difundidos os dons da graça divina. Em seguida, as pessoas são alimentadas com os cinco pães e os dois peixes. Uma vez saciados os convivas, os bocados de pão e de peixe que sobejaram eram de tal forma abundantes que encheram doze cestos. Isto significa que a multidão fica saciada com a palavra de Deus, que provém dos ensinamentos da Lei e dos profetas. É a abundância do poder divino [...] que realiza a plenitude do número doze, que é também o número dos apóstolos. Ora acontece que o número dos que comeram é o mesmo que o dos crentes vindouros: cinco mil homens (Mt 14,21; At 4,4).
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Jesus, o Senhor, Deus, quer precisar dos homens e das mulheres, da ação dos homens e das mulheres, para cativar outros homens e mulheres.
Ao olhar para trás, dou-me conta de que, de fato, foi com os homens e mulheres  que, juntamente com a minha força de vontade e graça de Deus, fui modificando a minha maneira de ser, de estar, de pensar, de agir, e viver.
Espantoso! Tenho a certeza de que, sozinha, nunca conseguiria nada, ainda andaria por aí a desconfiar de tudo e de todos, aflita porque todos diziam mal de mim, me interpretavam mal, me odiavam... etc... etc.. .etc... sei lá mais o quê?
Foi a muita atenção aos amigos verdadeiros e amigas verdadeiras, foi o agir segundo as ideias retiradas das partilhas feitas entre nós, foi dos conselhos recebidos, interiorizados, e avidamente procurada a sua inclusão nas atitudes da vida!
Amigos e amigas! Confiemos uns nos outros! Saibamos, nas conversas ou descrições, descobrir e aceitar a verdadeira verdade das palavras e atitudes, onde nem sempre o que é... nos parece que seja!
Amigos e Amigas! Uma pessoa que é amiga verdadeira... não cria confusão entre as pessoas, não quer nem é capaz, pelas mais variadas razões.
E neste contexto, quando diz a um(a) ou outro(a) que há muito Amor entre os dois... é porque tem a certeza de que há!
E onde há Amor, habita Deus, que quer o melhor para todos!
Não podemos ter confusões!
A paixão pode ser muito forte, mas é passageira, porque procura felicidade no outro ou outra. O Amor dá sem querer receber nada em troca, mas necessita ser cultivado com carinho, ternura, presença, calor, compreensão.
E nada disto pode existir sem a ação de Deus em nós... e a nossa colaboração com a ação de Deus!
Amemo-nos! Vamos em frente nos nossos casamentos que serão sempre celebrados a três: o homem, a mulher, e Jesus entre eles e com eles para os unir!
Se temos fé em Deus, lutemos pelos nossos casamentos. E deixemos o mundo pensar o que quiser... pois é assunto do mundo, e não nosso!
Muito mais quereria dizer, mas fico-me por aqui... propondo-me a primeira questão: ‘mas... porque há-de ser assim?!...
Ora porque há-de ser assim, não sei! Mas que é assim, lá isso é!
Não deixemos que o inimigo do verdadeiro Amor leva a melhor!

Boa semana, com muito Amor e determinação!

HN



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