segunda-feira, 19 de março de 2018

O CRUCIFIXO


Sempre gostei de ter comigo um Crucifixo! Sempre!
E foi um Crucifixo que me ofertaram no final da minha participação num Cursilho de Cristandade, a melhor de todas as participações da minha vida!
O meu encontro com Jesus Cristo já havia acontecido comigo, antes, muito profundamente, num local a que costumo, para mim mesma  e até para algumas pessoas amigas, chamar de Maternidade, porque foi ali que renasci… foi ali que aconteceu comigo como que um novo Baptismo, a chegada de uma nova vida, uma vida renovada!
Mas a participação no Cursilho, depois da participação do meu marido, deu-me imensas reviravoltas à vida, o que me proporcionou vivências e aprendizagens que nunca conseguiria numa outra qualquer situação.
Que Deus seja louvado!
Foi a partir dali que a nossa caminhada em casal e família tomou um outro sentido que nos proporcionou e vai proporcionando momentos maravilhosos e indescritíveis.
E o Crucifixo… anda comigo! Não o que recebi no cursilho, que com muito desgosto meu acabou por se perder… mas outro… que me acompanha sempre.
É o Crucifixo e o Terço, Jesus e Maria, que são a minha companhia!
Não sei muito bem como olho o Crucifixo… mas sinto-o comigo… gosto de o acariciar e beijar! Faz-me lembrar os sofrimentos de Jesus por mim e por toda a Humanidade.
Mas hoje… encontrei frases do Papa Francisco no Angelus deste domingo que me tocaram profundamente!
Aqui… algumas delas:
«»
 “O Crucifixo não é um objeto decorativo ou um acessório de vestuário – muitas vezes abusado -, mas um sinal religioso a contemplar e compreender”.
Olhar o crucifixo como símbolo do “mistério do Deus aniquilado, até à morte, como um escravo, como um criminoso”.
“Olhar o crucifixo, mas vê-lo por dentro”.
Vamos retomar a devoção de rezar “um Pai-nosso por cada uma das cinco chagas”, diante do crucifixo, e a aprender a “grande sabedoria da cruz”, numa contemplação que ajuda a “chegar ao coração”, ao “íntimo da pessoa” de Jesus Cristo.
A duas semanas da celebração da Páscoa, antecedida pelos momentos celebrativos que evocam a prisão, julgamento e execução de Jesus, é muito importante “olhar para a cruz”, onde se revela a “glória” de Deus.
“Na imagem de Jesus crucificado desvela-se o mistério da morte do Filho de Deus como supremo ato de amor, fonte de vida e de salvação para a humanidade de todos os tempos”.
Olhemos a morte de Jesus como “ato de fecundidade” para que a humanidade pudesse ficar liberta da “escravatura do pecado”.
“O que significa perder a vida? Significa pensar menos em si mesmo, nos interesses pessoais, e saber ver, ir ao encontro das necessidades dos nossos próximos, especialmente dos últimos”.
«»
Que a Cruz não é objecto decorativo… não é novidade para mim. Não é por decoração mas por Amor que gosto de a usar… que a uso sempre!
Ver a Cruz por dentro, olhar Jesus na Cruz e ver a glória de Deus… estou a aprender a ver… aos pouquinhos… conforme o Divino Espírito Santo mo vai inspirando e levando a descobrir!
Perder a vida… desligando-se de si mesmo para ir ao encontro dos outros… também é uma aprendizagem experiencial de todos os momentos… a conseguir com muitos avanços e recuos… e porque as nossas fraquezas são grandes… com muita oração minha e acção e fortaleza do Espírito Santo de Deus!
Que nestes curtos dias que antecedem a Paixão e Ressurreição do Senhor, o Crucifixo seja a nossa escola de todos os dias!
E que o Espírito Santo nos ajude na caminhada!
E que São José, o Pai terreno de Jesus, que tão bem O protegeu e  a Sua Santíssima Mãe, cuja festa hoje se celebra, nos proteja também a nós!
HN

Sem comentários: