VI DIA MUNDIAL DOS POBRES!
Dia que me diz muito! Pobres, somos todos nós! Uns de um
jeito, outros de outro jeito. Ninguém tem tudo o que necessita, nem faz tudo o
que deve. Daí sermos pobres e fracos, sujeitos a todos os tipos de queda!
Esta é a razão porque deveremos adotar boas
regras de
vida, com oração, penitência, jejum e esmola.
Antes de
mais, perdão, perdoar sempre como Deus faz connosco. Deus faz tudo o que pode
fazer pela nossa salvação, só não pode obrigar-nos a fazer o que devemos porque
nos criou livres.
Mas… a
Misericórdia vai além da Justiça.
Não devemos
olhar para trás pelo que fizemos, mas olhar para a frente, olhar bem a sério e
levar a sério o que podemos fazer.
Não teremos
nada a temer pelos pecados cometidos, porque Jesus já nos perdoou e assumiu os
nossos pecados, mas teremos de levar Jesus para o mundo onde vivemos e aí, na
nossa vida de todos os segundos, ser sinal de Misericórdia, Perdão e Amor.
Não devemos
olhar o mal e a condenação, mas sim a beleza de Deus e a Luz da Esperança ao
mundo de que somos parte integrante, confiantes de que se mudarmos de vida, se
conseguirmos ser melhores pessoas, mudaremos o rumo do mundo e o nosso exemplo
pode levar os outros a mudar também.
Cada dia devemos
ser melhores, mais atentos e constantes ao nosso próprio crescimento espiritual
e ao crescimento e felicidade dos outros na beleza e Amor de Deus realizado no
Amor aos homens.
Nunca poderemos
avançar nesta caminhada sem uma vida de oração e penitência, sem os Sacramentos
da Penitência e Eucaristia.
Agora,
falando no jejum!
A maior dimensão
do jejum não é deixar de comer isto ou aquilo, mas arriscar a perder seja o que
for por amor a Deus e aos irmãos, a, por amor, abandonar algo, por melhor que
seja.
O
verdadeiro jejum não é exterior e ritual, que nos mostra maiores e mais
importantes por fazer o que Deus manda. De nada vale jejuar se continuarmos a
receber e querer.
O
verdadeiro jejum é aquele em que me disponho a discernir, a ser mais fiel, a
renunciar ao egoísmo, a ver-me como centro do mundo, ponto de partida e ponto
de chegada.
Assim
sendo, se eu assim proceder, de nada vale o jejum.
Urge ser
vulnerável, simples, evitar a violência, compreender quem está à nossa volta
para que Deus possa aparecer mais importante do que tudo.
O verdadeiro
jejum não é deixar de comer carne e comer peixe, mas renunciar a muita coisa, facebook,
telemóveis, jogos de cartas, brincadeiras no computador, tabaco, café, álcool…
Quais são
as coisas que me dominam e pelas quais eu troco tudo e faço delas o centro da
minha vida?
Qual é o
centro da minha vida, agora?
É
enriquecedor que me volte para Deus e os irmãos e me afaste de tudo o resto.
Pensar em
como interagimos com os outros, com realidade, mesmo nos perfis sociais.
O jejum
que agrada a Jesus é quebrar as cadeias injustas, não julgar os outros, por em
liberdade os oprimidos, ver os outros para os ajudar e servir e não para nos servirem
a nós.
É partilhar
com quem não tem. Não voltar as costas ao semelhante. Dar a mão a quem precisa
sem levantar o dedo.
O
verdadeiro jejum é ajudar os outros a crescerem correndo o risco de nos tornarmos
pequenos, certos de que ninguém é pequeno com Deus!
Quando
falamos em esmola pensámos logo em dar alguma coisa, mas muitas vezes, não é
dar haveres ou dinheiro, mas ser presente a quem necessita, ouvindo,
acariciando, dando uma palavra de conforto, rezando, pedindo ao Senhor por quem
mais necessita.
Que
este VI Dia Mundial dos Pobres nos ajude a ser o que devemos e o que Deus quer
e espera de nós!
Hermínia Nadais
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