Para Zaqueu Jesus queria ficar na casa dele, no
espaço físico onde ele morava!
Zaqueu, ao ouvir Jesus, cheio de felicidade, correu
a abrir-Lhe as portas de par em par!
Jesus entrou! E foi a partir daí que Zaqueu
conseguiu dar a volta á sua vida, ou seja, conseguiu aderir à ideia de viver ao
jeito de Jesus!
E logo ali, anunciou a mudança dizendo abertamente
tudo o que tinha decidido fazer, depois do que Jesus disse aos presentes: “Hoje
entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão.”
Mas Jesus não se contentou com estas palavras! Afirmo
uma outra verdade:
“Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar
o que estava perdido!”
Olhando para mim mesma, para o que já fui e para o
que agora sou, não necessito de olhar para mais ninguém para afirmar a
realidade desta frase de Jesus!
Não tenho dúvidas! Das mais diversas formas, Ele vai
batendo à porta da nossa casa ou nosso coração, e quando Alguém se predispõe a
deixá-Lo entrar, assim, na sua vida, nunca mais será igual ao que era dantes!
E o mais curioso é que Deus, realmente, é o melhor
dos Pedagogos! Não ensina ou pede tudo de uma vez, vai tocando ora num defeito…
ora numa qualidade… ora noutra qualidade… ora noutro defeito… não nos larga
mais. E a dada altura, quando nos predispomos a olhar-nos mais profundamente,
acabamos por verificar as mudanças e por O louvar sempre e cada vez mais! A
felicidade é imensa!
Vamos ver o que nos diz a Carmelita Santa Isabel da
Santíssima Trindade:
«Eu hoje devo ficar em tua casa.» É o meu Mestre que me exprime esse desejo! O meu Mestre quer habitar em mim, com o Pai e o seu Espírito de amor, porque, segundo a expressão do discípulo amado, eu estou em comunhão com eles (1Jo 1,3). «Já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus», diz S. Paulo (Ef 2,19). E para mim ser «concidadãos dos santos e membros da família de Deus» consiste em viver no seio da tranquila Trindade, no meu abismo interior, nessa fortaleza inexpugnável do santo recolhimento de que fala S. João da Cruz. [...]
Oh! Que bela é esta criatura assim despojada, salva de si própria! [...] Ela sobe, eleva-se acima dos sentidos, da natureza; ultrapassa-se a si própria; ultrapassa toda a alegria, assim como toda a dor, e passa através das nuvens, para só descansar quando tiver penetrado no interior daquele que ama e que lhe concederá, Ele próprio, o repouso. [...] O Mestre disse-lhe: «Desce depressa.» É ainda sem de lá sair que ela viverá, à imagem da Trindade imutável, num eterno presente [...], tornando-se, por um olhar sempre mais simples, mais unitivo, «o esplendor da sua glória» (Heb 1,3), dito de outro modo, louvor e glória da suas adoráveis perfeições.”
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