Aquando
dos aniversários de Igrejas, Catedrais, Basílicas e outros Templos importantes
celebram-se festivamente, com as leituras apropriadas ao valor do imóvel na
vida das pessoas como Templo de Deus ou Casa de Deus que urge respeitar e
visitar como lugar de oração e encontro.
Não
sei o nome do autor, pois não o fixei, mas na dedicação da Basílica de São João
de Latrão o Evangelho Quotidiano trazia esta meditação:
“Hoje, meus irmãos,
celebramos uma grande festa; é a festa da casa do Senhor, do templo de Deus, da
cidade do Rei eterno, da Esposa de Cristo. [...] Perguntemo-nos, pois, o que é
a casa de Deus, o seu templo, a sua cidade, a sua Esposa. Digo-o com temor e
respeito: somos nós. Sim, nós somos tudo isso, mas no coração de Deus. Somo-lo
pela sua graça e não pelos nossos méritos. [...] A humilde confissão das nossas
penas provoca a sua compaixão. Esta confissão dispõe Deus a vir em socorro da
nossa fome como um pai de família e a fazer-nos encontrar junto dele pão em
abundância. Somos, portanto, a sua casa, onde nunca falta o alimento da vida.
[...]
«Sede santos», está escrito, «porque Eu, o vosso Senhor, sou santo» (Lv 11,44).
E o apóstolo Paulo diz-nos: «Não sabeis que os vossos corpos são o templo do
Espírito Santo e que o Espírito Santo tem em vós a sua morada?» Mas bastará a
própria santidade? Segundo o apóstolo, é necessário também a paz: «Procurai
viver em paz com toda a gente e também a santidade, sem a qual ninguém verá a
Deus» (Heb 12,14). É esta paz que nos faz viver juntos, unidos como irmãos, é
ela que constrói para o nosso Rei uma cidade toda nova chamada Jerusalém, que
quer dizer: visão da paz. [...]
Por fim, é o próprio Deus quem nos diz: «Desposei-te na fé, desposei-te no
julgamento e na justiça [a dele, não a nossa], desposei-te na ternura e na
misericórdia» (Os 2,22.21). Não é verdade que Ele Se comportou como um esposo?
Que vos amou como um esposo, com o ciúme dum esposo? Então, como poderíeis não
vos considerar sua esposa? Assim, meus irmãos, uma vez que temos a prova de que
somos a casa do Pai de família por causa da abundância dos bens que recebemos,
o templo de Deus por causa da nossa santificação, a cidade do grande Rei por
causa da nossa comunhão de vida, a esposa do Esposo imortal por causa do amor,
parece-me que posso afirmar sem receio: esta festa é a nossa festa!”
Que
grandeza a nossa! Que grandeza Deus nos dá, vivendo em nós, fazendo de nós a
Sua morada!
Como
agradecemos ao Senhor tanta dedicação, amor e carinho?
Como
procuramos viver para correspondermos a tudo quanto o Senhor nos vai dando a
cada instante?
É
caso para pensar muito! Que o Espírito Santo nos ajude!
HN
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